Em jogo difícil, arbitragem não comprometeu em Palmeiras e RB Bragantino
Por Oiti Cipriani
JOGO
JOGO: PALMEIRAS X RB BRAGANTINO
DATA: 26/03/2022
ÁRBITRO
ARBITRO : Luiz Flavio de Oliveira
ARB.ASSIST.1: Luiz Alberto Andrini Nogueira
ARB. ASSIST.2: Evandro de Melo Lima
ARB. VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
AVALIAÇÃO GERAL
Vou iniciar o texto de maneira diferente, com um questionamento. Tenho ido a todos os jogos do Palmeiras na Arena. Independentemente de ser palmeirense (e sou), procuro fazer uma análise da arbitragem de forma isenta e profissional como o fazia em meu tempo de árbitro.
Assistir ao jogo no estádio te dá uma percepção maior do andamento do jogo, que você não tem assistindo na TV, que acompanha a bola, impedindo uma visão mais abrangente. Porém, a TV tem a vantagem de eventualmente repetir o lance duvidoso.
Mas, como as imagens são geradas pela promotora do evento, Federação Paulista de Futebol, várias jogadas duvidosas não são repetidas, talvez, repito, talvez, para evitar criticas, ou da mídia ou dos próprios torcedores.
COMO ESTÃO NOSSOS ÁRNBITROS?
E, quando a arbitragem acerta, são repetidos ate mais que uma vez. Após este preambulo, vamos à pergunta: o que está ocorrendo com os principais árbitros internacionais (FIFA) de São Paulo? Abaixo segue minha percepção:
Raphael Klaus apitou Palmeiras x Santo. Por ter o respeito dos jogadores, passa a impressão de querer ser mais importante que o jogo, mostrando ser displicente, apitando o jogo de forma sonolenta.
Flavio Rodrigues de Souza, o arbitro que apitou RB Bragantino x Palmeiras em Btragança, aquele que expulsou Deyverson por se sentir “constrangido” pela reclamação acintosa do jogador, é um arbitro fraco tecnicamente. Parece ter muitas duvidas a respeito da aplicação das regras do jogo e seu espirito, na pratica.
Por ultimo, deixamos Luiz Flávio de Oliveira, que apitou este jogo valendo pela semifinal do Campeonato Paulista.
Também parecia estar com preguiça de apitar. Lento em seus deslocamentos, sinalização displicente, deixando faltas grosseiras de ambos os lados passar sem assinalação.
Mostrou cartão amarelo para Murilo, Zé Rafael, e Helinho, por faltas normais, que deixou passar outras semelhantes, sem ter sequer assinalação. O cartão para o Rony foi correto pela jogada imprudente, e para Jadson, por agarrar seu adversário em jogada de progressão para o gol.
Puniu com 15 faltas o Palmeiras e 13 o RB, apresentando 3 cartões amarelos para o Palmeiras e 4 para o RB. Acrescentou 3 minutos no primeiro tempo e 5 no segundo tempo, com recuperação de tempo normal.
COMO FORAM OS ASSISTENTES?
Os árbitros assistentes trabalharam muito bem, anulando os gols do Palmeiras e validando o gol do RB. Aqui cabe um adendo no gol anulado do Rony: eu estava na linha de meio de campo e deu para perceber que a posição estava muito ajustada, e nos outros dois lances anulados, não consegui detectar no estádio, mas por informações de amigos deste site, acertaram.
OS CRITÉRIOS DO VAR
Aqui gostaria de criticar a orientação dos poderes superiores da arbitragem em relação ao impedimento. Para que deixar o jogo correr e somente depois assinalar e depois o VAR verificar e corrigir?
Vamos à prática… Gol do Rony anulado, o Dudu recebeu a bola em impedimento, correu quase até a linha de fundo, sendo perseguido por um zagueiro, cruzou e Rony marcou o gol. Somente após o desfecho da jogada o impedimento foi assinalado.
E se na perseguição a Dudu, o zagueiro comete uma falta mais dura, que não seria assinalada pela condição de impedimento anterior, e o atacante sofre uma contusão seria de joelho, tornozelo, etc?
Certamente ficaria muito tempo fora de jogo, por excesso de preciosismo das instruções, ditadas no conforto de uma sala debaixo de ar condicionado.
Sobre o VAR, cabe uma explicação mais detalhada. Em jogada do Palmeiras, Rony foi empurrado e derrubado dentro da área. O assistente 2 assinalou impedimento na origem da jogada. Não houve revisão. Caso o impedimento não se confirmasse, o VAR obrigatoriamente teria que revisar o empurrão sofrido pelo atacante na área, o que não ocorreu.
Estranha esta posição do VAR, visto o árbitro ali designado é muito experiente e ainda guindado a arbitro internacional FIFA. Este tipo de omissão deixa dúvidas quanto à atuação.
CADÊ A TRANSPARÊNCIA?
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou a FIFA liberar o diálogo entre o árbitro de campo e o VAR. Não foi autorizado. Há medo de que a liberação da transparência comprometa a arbitragem? Seria muito mais claro para todos liberarem no momento da ocorrência o diálogo para que todos tomem ciência.
Resumindo, foi uma arbitragem mediana para um árbitro comprovadamente de excelência, independentemente do questionamento da torcida a respeito de uma suposta “perseguição” ao Palmeiras por parte da família Oliveira.