Endividamento do clube cresce e faturamento cai em 2021

Não há conforto, mas não há motivos para preocupações. A situação do Palmeiras, como a da maioria dos times do mundo, sofreu muito com a pandemia de covid-19. Sem público nos estádios, a renda caiu, assim como outras que sofreram impacto direto, principalmente na publicidade e, eventualmente, a venda de atletas para o exterior.

Por mais que observemos as limitações do elenco e que tenhamos a tendência de concordar com o técnico Abel Ferreira em relação à falta/necessidade de reforços, o movimento da atual diretoria em busca do equilíbrio financeiro faz sentido. É isso que podemos concluir diante da análise detalhada das finanças do clube em texto relevante publicado pelo jornalista Rodrigo Capelo, do Globo Esporte.com. O texto ode ser lido aqui.

O fato mais relevante do balanço mais recente é que, pela primeira vez desde 2014, a relação entre faturamento e endividamento se inverteu, o que acendeu o sinal de alerta em 2021. O faturamento caiu de R$ 623 milhões em 2018 para R$ 617 milhões em 2019, com uma queda brusca e preocupante para R$ 527 milhões em 2020. Já o endividamento subiu de R$ 450 milhões em 2018 para R$ 536 milhões em 2019 e pulou para R$ 616 milhões em 2020.

Apesar de certa preocupação, o resultado não deve causar abalos. Como o Palmeiras venceu as competições mais rentáveis do futebol sul-americano, esta particularidade provoca dois efeitos. No balanço de 2020, aparece menos dinheiro do que deveria. No de 2021, haverá ridiculamente mais. Isso muda, inclusive, o resultado líquido.