Entre ironias e ‘aula’ de futebol, Abel não explica o futebol pobre do time

William comemora gol contra o América-MG (FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS)

A importância de William para o elenco e o brinco do tonto Patrick de Paula. Quando esses são os “únicos” destaques de um time que dizem que é um dos melhores elencos do pais e candidato ao título, é sinal de que os problemas são muitos e imensos. E ainda temos de suportar a ironia do técnico falando que “ganhamos, então está tudo bem?”

A equipe se mostrou frágil, sem conjunto, com meio de campo inexistente, e acesa apenas quando precisou reagir. Depois cai de novo no marasmo, a ponto de a desatenção na defesa ser tão grande que o correto Renan fez um pênalti ridículo, de jogador varzeano e de condomínio. Sim, Jaílson foi bem também, o que evidencia os problemas diante do pior time do campeonato, que foi melhor no primeiro tempo.

Além da ironia e do alívio pela vitória no último minuto, o treinador Abel Ferreira pouco esclareceu a respeito do jogo ruim da equipe. Lamentou a falta de foco e concentração. algo frequente em quase todas as partidas. Como é possível que o time não tenha concentração?

A incompetência da comissão técnica chegou ao ponto de ignorar o brinco de Patrick de Paula, algo inaceitável no futebol profissional. Ninguém viu? E não adianta falar ue vai dar um “castigo de pai” quando deveria ter agido como o treinador de um time gigante líder de uma comissão técnica cara.

“Os dados estatísticos demonstram bem o quanto entramos concentrados no jogo”, disse o treinador na entrevista pós-jogo. “Nosso adversário, na primeira parte, conseguiu aproveitar nossa falta de foco e concentração nas tarefas, e tenho que admitir que demos 45 minutos de vantagem ao nosso adversário.”

Na hora de passar o sermão e dar “aula” de futebol, apelou para a indolência do jogador brasileiro, que na verdade é do time do Pal meiras. “Digo isso aos nossos jogadores: aqui no Brasil, os jogadores são muito bons tecnicamente, de todas as equipes, mas falta intensidade de jogo, intensidade mental, o querer ser melhor que o adversário, o lutar, o sofrer… Quando temos esses ingredientes, todos vemos ao que assistimos na segunda parte: uma equipe com ambição, insatisfeita com o resultado.