Futebol com Números – É A FINAL!
Por Luis Fernando Tredinnick
E vamos para a Final!
Sem dúvida uma final é algo emocionante! Já havia mesmo passado da hora de disputarmos uma Final!
Os dois melhores times do campeonato se encontrar para decidir o título (o resto é o resto)! Sempre dizem que Final é diferente, é “coração no bico da chuteira”, etc, etc. Mas será que é mesmo? Vamos analisar o desempenho dos dois melhores times do campeonato na fase de classificação e nas semi-finais. Será que temos diferenças significativas?
Finalizações
Os dois times finalizaram menos nas semi-finais do que na fase de classificação. É algo natural, uma vez que o jogo tende a ser mais “brigado”, os espaços ficam “reduzidos” e existem menos chances de gol. Mas o Palmeiras teve a maior queda: de 18,3 para 14 finalizações por jogo, enquanto a Ponte caiu de 16,8 para 15.
O mais importante a se observar é que a Ponte MELHOROU nas suas finalizações, acertando o gol em mais da metade das vezes, enquanto o Palmeiras manteve a sua média. Claro que se deve muito ao segundo jogo da Ponte, onde ela pôde jogar no contra-ataque e contou com o desespero do Guará. Dribles Apesar do pouco espaço nos jogos das semi-finais, os dois times mantiveram o desempenho constante nesse quesito. Pelo visto, os esquemas de jogo se mantiveram, assim como a iniciativa individual dos atletas.
Passes
As duas equipes trocaram menos passes do que na primeira fase. É aquela história, existe menos espaço em campo, o time precisa ser mais objetivo para conseguir o resultado, etc. Agora reparem que o Palmeiras tem um índice bem melhor do que o da Ponte. Será que nossos atletas sentiram menos a pressão nessa fase final? Cruzamentos
Os dois times cruzaram um pouco mais do que na primeira fase, mas a Ponte foi a que mais alterou a sua forma de jogar. Novamente se percebe que na falta de melhores oportunidades, o negócio é jogar a bola na área para ver o que acontece! Nosso desempenho piorou bastante, mas basta lembrar que realmente a zaga do nosso adversário na semi-final é muito boa no jogo aéreo. Faltas Esse é um item muito difícil de se avaliar, uma vez que os juízes tendem a mudar a maneira de marcar as faltas em fases decisivas. Isso quando a arbitragem não é completamente equivocada como no primeiro jogo do Palmeiras…. De qualquer modo, enquanto o Palmeiras fez menos faltas na fase decisiva, a Ponte fez mais faltas, em uma típica estratégia para manter a vantagem do primeiro jogo. Como a vantagem do empate é nossa, a Ponte não deve usar tanto esse artifício.
Desarmes
Enquanto o Palmeiras desarmou bem menos do que na fase de classificação, muito provavelmente dada a ausência do Pierre no segundo jogo, a Ponte melhorou muito nesse quesito. Sem dúvida os jogadores da Ponte se desdobraram na marcação nos jogos contra o Guará e jogaram no seu melhor estilo de contra-ataque. Novamente, a Ponte não vai poder jogar no contra-ataque conosco, mas precisamos saber sair do sistema de marcação deles.