La Prima Volta: a história das 5 coroas
POR JOTA CHRISTIANINI;
Publicado originalmente em 2009, no antigo blog [email protected]
Antigamente era simples: mencionou o Campeoníssimo e não havia quem questionasse. Falava-se do PALMEIRAS! Se o assunto eram as 5 Coroas também ninguém tinha dúvidas, era glória das glórias do Campeoníssimo. Não eram apelidos dados por algum jornalista ufanista, eram títulos conquistados no campo, o que tratando-se do Palmeiras é redundância.
O tempo passou e alguns hoje perguntam: por que o Palmeiras é o time das 5 Coroas?
Vamos, passo a passo, falar das cinco.
Ora da primeira ninguém nunca esquece – seja lá qual for o assunto – mas normalmente, por ser a primeira, e como não se sabe quantas virão depois, não costuma numerá-la.
A primeira conquista do Palmeiras aconteceu em 1950.
A Taça Cidade de S.Paulo, patrocinada pela Prefeitura, era disputada pouco antes do único campeonato regular, o estadual, e disputada pelos 3 melhores do certame paulista do ano anterior.
Havia um tabu – quem ganhasse a Taça S.Paulo não haveria de ganhar o paulista.
Foi nessa taça que havia dois anos o Palmeiras goleou o leal adversário, 6×0 no derby.
Julho de 50, no primeiro jogo da Taça, o Palmeiras venceu o fantástico esquadrão da Lusa por 3×2. Foi uma batalha! Jair marcou para o Verdão aos 12, Nininho empatou e Pinga virou para a Portuguesa, ainda no primeiro tempo.
O segundo tempo foi uma luta só! Fiume machucou-se e como não permitiam-se substituições o Palmeiras ficou com dez jogadores; aos 16 Jair mandou a bomba! Diziam que ele não chutava falta com força se tirassem a barreira. Caxambu confiou na lenda. A bomba veio rasante no canto baixo. O goleiro luso nem se mexeu.
Era pouco, só a vitória interessava… afinal a Lusa e o time das camisas listradas haviam empatado no jogo anteiror.
Com um jogador a menos foi difícil, mas nada é impossível ao Palmeiras. Num golaço Aquiles decretou a vitória aos 36 do segundo tempo, 3×2.
Apenas o primeiro passo. No domingo seguinte com o Pacaembu registrando mais de 60 mil pagantes o Palmeiras precisava apenas do empate diante do time que futuramente teria sede no Jardim Leonor.
O árbitro – o inacreditável Mário Vianna – foi obrigado a dar pênalti para o Palmeiras, afinal o jogador do Verdão já tinha até driblado o goleiro. Cometer o pênalti era uma chance para o goleiro.
Não teve chance: Turcão fez 1×0. No segundo tempo Jair ampliou e logo depois o SPFC fez o primeiro. No finzinho até empatou, mas a Taça Cidade de S. Paulo era do PALMEIRAS.
Discretamente comemorada afinal de contas ganhar taça desse time era muito bom, mas era corriqueiro, portanto pequenas festas. Mas persistia a dúvida.
Será que que o campeão da Taça não vai ganhar o campeonato, como vinha acontecendo?
Essa é uma outra história que fica para a próxima vez.
Comments (6)
JOTA CHRISTIANINI
obrigado moçada, o livro deve sair, o Vicente , Tredenick, e os demais estão batalhando isso, mas não é facil, mas como sempre as coisas no Palmeiras são mais dificeis para ser mais prazeirosa. …….JOTA
Marco Túlio de Vasconcelos Dias
Demais… Sensacional J …
‘JOTA para PRESIDENTE!!!’
(do Palmeiras ou do Brasil?!?! – fica a cargo da interpretação de cada um … hehe)
Raul Ricardi
Jota, ótima idéia esta do Marco # 1.
As suas ótimas histórias valem um livro com certeza sim, você já pensou nesta idéia??
Parabéns pelo seu incansável trabalho de pesquisa de nossa tão rica história, que com certeza deve ser eternizado com um livro!!
Abraço!!
Fernando Talarico
jota excelente como sempre.. abracos
JOSELITO LUIZ GONÇALVES
AQUI É PALMEIRAS, MEU FILHO!!!!
marco antonio nishimura
Mais uma bela passagem da nossa história! Jota, vc poderia muito bem escrever uma série em livros contando nossas glórias desde sua fundação, em ordem cronológica, década a década! Seria uma série fantástica! Mesmo a década de 80 deve ter muitas histórias incríveis, afinal, com títulos ou não, nossa história é de muita emoção!