Matheus Candançan faz boa arbitragem em jogo difícil

Por Oiti Cipriani

São Paulo 1×1 Palmeiras

  • Árbitro: Matheus Delgado Candançan
  • Árbitro Assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis
  • Árbitro Assistente 2: Neuza Ines Back
  • Quarto Árbitro: Ilbert Estevam da Silva
  • Árbitro de Vídeo: Daiane Muniz dos Santos

Árbitro

Árbitro nascido em 6 de junho de 1998, formado pela Federação Paulista em 2017. Dirigiu até o momento 10 jogos da série A1 do Campeonato Paulista.

É um árbitro promissor da nova safra do Estado de São Paulo. Foi lançado em clássicos em 2022 em um Derby, e na ocasião teve uma atuação bastante razoável, considerando a pouca experiência.

Análise técnica

No início do jogo, assinalou e puniu tudo que contrariava a regra, não deixando o jogo correr a rédeas soltas. Para o árbitro deixar o jogo correr, tem que manter um critério único, predicado que poucos que apitam no Brasil possuem.

Neste jogo tivemos algumas reclamações: logo aos 7 minutos, em disputa de bola de Flaco López com Diego Costa, onde aconteceu rigorosamente nada. Houve sim uma disputa por espaço visando a bola, portanto nada a marcar.

No pênalti marcado a favor do Palmeiras, efetivamente o goleiro Rafael chegou atrasado na disputa de bola e atingiu somente a cabeça do adversário com um soco. O pênalti foi bem marcado, por interferência do VAR, chamando o árbitro ao monitor.

Todavia, a bem da verdade, jogadas semelhantes muito mais fortes, foram ignoradas, ou pior, marcado falta do atacante. No suposto pênalti, detectado pelo VAR, de Piquerez em Ferreira, também foi uma disputa de bola, onde os jogadores se enroscaram. O árbitro, neste lance estava bem colocado e interpretou como jogada normal.

Em jogada de Diego Costa em Endrick, o defensor atingiu a bola, mas a entrada foi temerária, um carrinho lateral, que poderia atingir o atacante… e nem falta foi marcada, alegando que atingiu a bola primeiro. Ora, nem sempre atingir a bola primeiro significa que não deva ser marcada a falta. Quando é utilizada força desproporcional, como foi neste caso, a infração deve ser assinalada e punida disciplinarmente.

E voltamos a questionar: quando que os árbitros vao cumprir a regra e punir o tempo de retenção de bola dos goleiros? Agora com as novas decisões a partir de 1º de julho, passarão de seis para oito segundos o tempo limite para o goleiro repor a bola em disputa. Esta decisão terá tanto efeito quanto uma injeção de placebo na veia, ou seja, nenhum, se os árbitros não forem instruídos para fazer cumprir a determinação e punir os excessos.

Disciplina

Assinalou 14 faltas contra o São Paulo e 16 contra o Palmeiras. Mostrou seis cartões amarelos durante o jogo, dois para jogadores do São Paulo e quatro para jogadores do Palmeiras.

Foi aventada a hipótese de cartão vermelho para Richard Ríos, na jogada que antecedeu o gol do time da casa. Foi de fato uma entrada temerária, passível de amarelo e não vermelho. Posteriormente o mesmo jogador, em disputa de bola pelo alto, atingiu com o antebraço a parte posterior da cabeça de seu adversário, em ação temerária, e foi ignorada. Deveria aí sim, ter o segundo amarelo, seguido de vermelho.

Controle de tempo

Acresceu dois minutos no primeiro tempo. Foi muito econômico, visto somente para cobrar dois escanteios, a equipe do São Paulo, em vantagem no marcador, levou mais tempo que os acréscimos concedidos.

No segundo tempo foram acrescidos 10 minutos, com correção, pelas visitas ao VAR por duas oportunidades, mais as substituições e reposição de bola.

Assistentes

O assistente número 1 assinalou um impedimento de Luan bastante duvidoso, mas sem qualquer efeito prático na sequência da jogada. A assistente 2 anulou gol de Zé Rafael com acerto, estava realmente impedido. Talvez por ser um árbitro em início de carreira, elaborou um plano de trabalho dando total autonomia para os assistentes assinalarem ocorrências em sua área de atuação e ambos utilizaram esta prerrogativa, marcando faltas perto de si.

Ambos tiveram um bom trabalho,

VAR

Acionou o árbitro duas vezes em situações de tiros penais. Acatando uma informação e descartando outra, prevalecendo a marcação de campo.

Conclusão

Conforme relatamos acima, teve algumas indecisões em suas marcações, mas, a seu favor, temos que reconhecer que não se deixa influenciar por chamadas de VAR e não se omite em assumir responsabilidades.

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Comments (3)

  1. Rivalidades – 3VV

    […] de março de 2024 NotíciasOsservatorio […]

  2. Donato, o Lúcido

    Na minha modesta opinião, o lance sobre Flaco Lopez, logo aos 10 minutos de jogo, mereceria uma análise mais apurada. Pra mim, foi muito mais pênalti do que aquele reclamado pelos Trikas.
    No mais, o de sempre. A cartolagem do spfc se comportando com a pequenez que lhes é peculiar. O time dos quatrocentões falidos com dirigentes que refletem exatamente aquilo que são: Medíocres

  3. Com falhas de goleiros, Palmeiras empata no Morumbi – 3VV

    […] NotíciasOsservatorio Arbitrale […]

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