O valor de um estádio…subsidiado!

POR LUIS FERNANDO TREDINNICK

 

Pois é amigos, vimos na semana passada o valor que os estádios têm para o basquete americano. Agora vamos ver o subsídio nos estádios do Brasil!

 

QUAL O VALOR MÉDIO DO ALUGUEL DE UM ESTÁDIO?

 

Já comentamos que o Corinthians paga 15% da renda bruta pela utilização do Pacaembu.  Outros times que não tem estádio, como o Goiás e o Vitória, pagam 10% da renda bruta como aluguel.

 

Esses percentuais parecem razoáveis, não?

 

E ESSA HISTÓRIA DE SUBSÍDIO DE CLUBES?

 

Quando você procura nos borderôs do Barueri, existe um custo fixo de R$ 1.995,00 pelo aluguel do estádio. O Santo André não paga aluguel no seu estádio, apenas no jogo contra o Corinthians houve uma cobrança, o que provavelmente quer dizer que a partir de determinada renda há cobrança de aluguel.

 

É até compreensível que prefeituras locais queiram auxiliar os times da cidade. Então digamos que esse seja um pecado menor. Ainda que essa prática seja condenável.

 

O que é inadmissível é o que acontece com os clubes de Minas.

 

O QUE ACONTECE EM MINAS?

 

Os dois clubes de Minas são subsidiados pelo governo!  A taxa cobrada pela utilização do Mineirão para as partidas é de ridículos R$ 5 mil! Isso mesmo, apenas cinco mil reais!

 

Em outras palavras: todo o custo de manutenção e retorno financeiro do Mineirão é bancado pelo dinheiro dos impostos dos mineiros!

 

Como ambos os clubes são tradicionais e já estabelecidos, além de serem clubes com alcance estadual (diferente do Barueri e do Santo André que tem alcance municipal apenas), não há como justificar um subsídio para os dois clubes!

 

Os dois clubes arrecadaram até o momento quase R$ 14 milhões.  E devem arrecadar até o final do campeonato mais de R$ 18 milhões!  Ou seja, só no campeonato Brasileiro podemos dizer que os clubes receberam juntos um subsídio entre R$ 1,8 e 2,7 milhões!   Mais um dos absurdos que acontecem no futebol brasileiro!

 

MAS, ISSO NÃO É PROBLEMA DOS MINEIROS?

 

Não, não é! 

 

Em uma competição entre entidades privadas, que precisam se sustentar sozinhas, e que capacidade econômica quase sempre se traduz em desempenho esportivo, um auxílio do Governo do Estado desequilibra a competição.

 

Estamos falando que é quase a mesma coisa que o Governo de Minas bancar para cada clube um jogador com salários de R$ 70-80 mil.  Ou então em diminuir a receita total do Cruzeiro em 1,4%.  

 

Em um ambiente competitivo, isso é muita coisa!

 

Quem sabe aparece algum jornalista ou alguma revista para investigar isso tudo?

 

Saudações Alvi-Verdes

 

*Luís Fernando Tredinnick escreve todas as sextas-feiras no 3VV, explicando a quem conhece e também a quem não conhece os números no futebol.

Divulgação autorizada mediante explícita citação do autor e do www.antigo.3vv.com.br.