
Os erros de arbitragem das quartas do Paulista 2025
Por Oiti Cipriani
Nesta segunda feira, 03/03/2025, tivemos o encerramento das quartas de final do Campeonato Paulista de 2025. Os desejos de todos os dirigentes do futebol Paulista foram atendidos e classificaram-se os quatro grandes do Estado: Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo.
Como era esperado, com o atual nível da arbitragem brasileira, tivemos algumas polêmicas nos jogos. O único jogo que passou sem protestos foi o jogo do Santos, apitado pelo melhor árbitro brasileiro da atualidade, Raphael Claus.
Já o jogo onde tivemos mais polêmicas, com influência direta no resultado, foi o jogo São Paulo 1×0 Novorizontino, apitado por Edina Alves.
Todas as polêmicas poderiam ser evitadas com maior atenção do VAR.
Vamos descrever abaixo estas polêmicas.
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São Bernardo 0x3 Palmeiras


No jogo Palmeiras x São Bernardo, nas foto acima, era situação clara de expulsão. Entrada por cima da bola, com intenção de atingir somente o adversário. Na entrada sobre Flaco López o pé direito do atleta do São Bernardo vai para a bola, enquanto o pé esquerdo, maldosamente, vai sobre a canela do atacante.
Situação clara de expulsão sumária.
Corinthians 2×0 Mirassol


Já na partida Corinthians x Mirassol, outra situação clara de expulsão. Entrada por cima da bola, com intenção de atingir somente o adversário. Podemos até dar o direito da dúvida para o atleta do Corinthians, em relação a atingir o atleta, mas carrinho por trás, pegando o tornozelo do adversário é típico lance de jogo brusco grave.
São Paulo 1×0 Novorizontino


No jogo do São Paulo x Novorizontino, o gol que deu a vitória ao time da Capital originou-se de uma falta clara, a um metro do Assistente de Árbitro número 2 (AA2), que nada marcou.
Vamos esclarecer o que diz a regra XII. O tranco é considerado legal, quando é feito ombro a ombro e com a bola em disputa (se a bola estiver fora de disputa, é falta).
Entretanto, neste caso específico, o jogador do SPFC deu tranco por trás nas costas do atacante do Novo Horizontino, portanto, falta da defesa e ninguém, nem árbitro central e nem árbitro assistente marcou. Como decorrência desse lance, surgiu o gol que se tornou resultado final.
Ouvi alguns “jornalistas” afirmando que não existiu falta neste lance. Puro ACHôMETRO! Deveriam opinar sobre o que conhecem de futebol, isto é, NADA.
Em outro lance polêmico, a árbitra marcou tiro penal, foi chamada ao video e cancelou o pênalti e mostrou cartão vermelho ao defensor do interior. Na jogada não houve absolutamente nada. Aconteceu uma disputa por espaço em disputa de bola e contato normal de jogo, afinal, futebol é um esporte de contato.
O pior na história toda, não foi o erro da marcação, foi a manutenção do erro, depois de ver as imagens de vídeo, mudando somente a posição da ocorrência da falta. Total desconhecimento ou falta de interpretação da regra XII.
Equipe de apoio das arbitragens
Nesta fase do Campeonato Paulista temos 16 profissionais escalados, tudo às expensas dos clubes. Em campo são seis profissionais: um árbitro central, dois assistentes de árbitro, dois árbitros reservas e um analista de campo.
Temos ainda na cabina do VAR mais cinco: um árbitro de VAR, dois assistentes (AVAR), um observador VAR. um analista de vídeo e mais o pessoal de apoio. Normalmente o observador VAR e o analista de vídeo são pessoas diretamente ligadas à Comissão de Arbitragem.
Qual VAR ou AVAR vai querer discutir ou desobedecer uma orientação destas duas pessoas? Nos quatros lances acima enumerados, uma clara intervenção da equipe de vídeo poderia corrigir com facilidade os erros cometidos em campo. Afinal isto faz parte do protocolo do VAR, corrigir erros crassos ou grosseiros, tais como situação para expulsão que não tenha sido captada pela equipe de campo. Os lances dos jogos de sábado, domingo e segunda entram tranquilamente nesta segunda situação. Mas, como dizem os espanhóis “Yo no creo em las brujas, pero que las hay, las hay”.
As partidas já se encerraram, as semifinais já estão definidas, e não tem como voltar no tempo e corrigir estes erros.
Só nos resta torcer (e rezar) para que as próximas duas partidas das semis, e as outras duas das finais tenham árbitros e toda a equipe em volta deles capacitados para levar cada partida com acertos e não deixar ocorrerem lances polêmicos que colocam dúvidas sobre a lisura dos resultados.
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