Partida burocrática facilitou arbitragem em Palmeiras x Juazeirense

Por Oiti Cipriani

JOGO:   PALMEIRAS X JUAZEIRENSE                              

 DATA:  30/04/2022

ÁRBITRO ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­: Marcelo de Lima Henrique

ARB.ASSIST.1: Nailton Junior de Sousa Oliveiras

ARB. ASSIST.2: Renan Aguiar da Costa

ARB. VAR: Nesta fase de Copa do Brasil não tem VAR

AVALIAÇÃO GERAL

Todos os árbitros escalados para este jogo pertencem à Federação Cearense de Futebol. O árbitro principal, desde do início de sua carreira, apitou pelo Rio de Janeiro, havendo inclusive fotos dele e da esposa com a camisa do Flamengo.

Não estou afirmando que por isso é um arbitro tendencioso, muito pelo contrário. Acho um árbitro acima da média no Brasil. Estou somente usando como exemplo de mudança de Estados, algo comum na arbitragem.

É useiro e vezeiro no futebol brasileiro, por política ou politicagem, árbitros trocarem de Estado para assim continuarem com suas carreiras, muitas vezes pífias, outras de sucesso. Porém, no ocaso de uma trajetória, ou então para facilitar voos maiores em sua ascendência, realizam a migração – ou até mesmo para continuar apitando.

Sem viajarmos para um passado próximo ou distante, agora mesmo temos um árbitro guindado ao quadro internacional em mudança. Savio Pereira Sampaio, que era da Federação Goiana de Futebol, mas está na Fifa por Brasília, pois seu irmão, Wilton Pereira Sampaio, é arbitro internacional por Goiás (nepotismo?). Pode até ser legal, mas será que é moral? Tenho sérias dúvidas.

CANSAÇO FACILITOU

Vamos falar do jogo. O Palmeiras, talvez pelo cansaço da longa viagem ao Equador pela Libertadores da América, fez um jogo totalmente burocrático, sem a mínima inspiração no 2 a 1 contra a Juazeirense.

Encontrou uma equipe bem postada, que, como diz José Mourinho, estacionou um ônibus vermelho em frente à linha da área, colaborando muito para o jogo pífio do Palmeiras, batendo de frente com os defensores e a bola afastada a esmo voltando aos pés dos jogadores do time paulista.

Esse tipo de desenvolvimento do jogo facilitou sobremaneira o trabalho do árbitro, que provavelmente será jubilado este ano por ter atingido a idade máxima permitida.

Marcelo Henrique foi bem na partida em Barueri (FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS)

EXPERIÊNCIA

O árbitro é muito experiente, ex-Fifa pelo Rio de Janeiro. Conhece todos os atalhos do campo, para ficar sempre de frente e próximo ao desenvolvimento das jogadas; e as “malandragens” dos jogadores sob seu comando foram coibidas.

Cito como exemplo quando o goleiro do time baiano ameaçou começar com simulação de contusão para retardar o jogo. Fez uma dura advertência verbal e não permitiu que prosperasse esta intenção do time visitante. Tomou esta atitude algumas vezes durante o jogo, que um árbitro com menor experiência iria parar o jogo em cada queda dos jogadores em campo (relembre Palmeiras x Ceara).

O jogo foi tão monótono, de ataque contra a defesa, que não foi assinalado nenhum impedimento em seu transcorrer, e o juiz teve uma ascendência sobre os atletas que não achou necessário aplicar nenhum cartão, amarelo ou vermelho.

Entendo, sob meu ponto de vista, que deixou de marcar algumas faltas, porém, com a filosofia atual de deixar o jogo correr, foram faltas não assinaladas por interpretação.

SEM ERROS

Com relação ao pênalti reclamado pela torcida e, timidamente, pelos jogadores do Palmeiras, no meu ponto de vista, não existiu e o árbitro acertou em deixar o jogo correr.

Em relação ao controle de tempo, foram acrescidos três minutos no primeiro tempo e cinco minutos no segundo tempo, algo bEm de acordo.

Concluindo, foi uma arbitragem bem aceitável, acima do nível que estamos vendo no futebol brasileiro.

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