Paulistão’23 GUA 0x0 SEP: análise da arbitragem
Por Oiti Cipriani
- GUARANI 0 X 0 PALMEIRAS
- Data: 05/03/2023
- Árbitro: Thiago Luis Scarascati
- Assistente 1: Fabrini Bevilaqua Costa
- Assistente 2: Denis Matheus Afonso Ferreira
- Quarto árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos
- VAR: Daiane Muniz dos Santos
Árbitro
Árbitro nascido em 26/04/1983, completará 40 anos no próximo mês. Formado pela FPF – Federação Paulista de Futebol – Escola de Arbitragem Flavio Iazzetti em 2004.
Iniciou sua carreira na Federação em 2008. Neste ano de 2023 com o jogo desta tarde, foi o 9º jogo da série A1 do Campeonato Paulista. Apresentou no total dos 9 jogos, 30 cartões amarelos e 3 vermelhos, assinalando 3 tiros penais.
Para falarmos do trabalho deste árbitro, vamos fazer uma analogia com o teatro: se você assistir uma peça com um excelente ator e depois assistir a mesma peça com um ator não tão bom assim, este segundo falará tudo o que o primeiro falou, porém, você não sai convencido de que assistiu um bom espetáculo.
Este árbitro é a mesma situação: aplica as regras, mas não convence.
Atuação do Árbitro
Deixou de marcar pênalti para o Palmeiras, com o jogador Giovani sendo atingido fora de campo, com a bola ainda em jogo. Aqui cabe um comentário sobre o protocolo do VAR.
No pênalti reclamado sobre Geovani, como o jogador estava fora de campo, o que deveria ser aplicado? Quando ocorre uma falta fora das quatro linhas, e portanto sendo ela em qualquer ponto do campo, a bola deve ser colocada sobre a linha onde a falta ocorreu.
Neste caso, como foi na direção de dentro da área, a bola deveria ser colocada sobre a linha de meta (linha de fundo). Todavia, dentro da área, consequentemente seria tiro penal.
Nada assinalou o VAR. Mas nesse caso reza o protocolo que o árbitro do VAR não poderia agir pois o lance ocorreu fora do campo de jogo, que protocolarmente impede a ação do VAR. Entendo que o VAR chegou para corrigir erros crassos do árbitro, mas, tem um protocolo que deve ser obedecido.
Deixou de assinalar uma falta de ataque, do jogador Mayke em defensor do Guarani e na sequência foi punido com uma falta (existente) sobre o Endrick, próximo da linha da área.
Foram os erros mais sensíveis do árbitro no jogo.
Outro detalhe de sua atuação: fala muito no jogo, explicando cada decisão e aceitando contestações em toda e qualquer decisão que toma. No geral, teve uma falta aqui e outra acolá que não foram marcadas, mas que nada influiu no resultado do jogo (exceto pelo penal, claro).
Disciplina
Mostrou 3 cartões durante o jogo, 2 para os jogadores do Palmeiras, para Piquerez por impedir a progressão de ataque promissor e Zé Rafael por reclamações e 1 para a equipe do Guarani por ação temerária, todos corretos.
No restante, foi um jogo tranquilo. O único senão, conforme relatado acima, foi deixar formarem rodinhas em cada decisão.
Assinalou 13 faltas contra a equipe da casa e 9 contra a equipe visitante.
Recuperação de tempo
Acresceu 4 minutos no primeiro tempo; somente na parada para hidratação, foram consumidos acima de 2:30 minutos; houve ainda o atendimento ao goleiro Weverton, sintetizando, foi muito curta a recuperação de tempo perdido.
No segundo tempo foram acrescidos 06 minutos, neste caso foi bom o discernimento para recuperação de tempo, pois, tivemos 5 paradas para substituições e duas paradas para atendimento ao goleiro Toni do Guarani. Na sumula foi anotado 64 minutos de bola rolando (Seguiu o padrão recomendado!!!!) com 33 minutos no primeiro tempo e 31 no segundo e numero de faltas de 9 do mandante e 10 do visitante. Prefiro continuar com os números acima apontados (13+9).
Assistentes
Os assistentes assinalaram 6 impedimentos, com 2 da equipe mandante e 4 contra a equipe visitante. Ambos tiveram um bom trabalho.
Outra situação que deveria ser revista é a atuação do Assistente, de deixar o jogo correr em um flagrante impedimento e depois assinalar.
Isto deveria ocorrer para lances difíceis, em que o Assistente tem dúvidas sobre o posicionamento do jogador em relação ao penúltimo defensor e a linha de fundo. Mas não deveria ocorrer para lances claros de impedimento, onde não há dúvidas quanto ao posicionamento do jogador em questão.
VAR
Não foi chamado a atuar em nenhuma oportunidade.
Conclusão
Conforme relatamos acima, teve seu trabalho regular, e o lance capital deixou de anotar, conforme acima exposto. Uma nota 6,5 reflete bem o trabalho executado. Poderia ser maior a avaliação, mas o pênalti não marcado foi crucial para o andamento do jogo.
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