Recuperação exige mudanças no planejamento da temporada
Abel Ferreira não esperava um começo tão difícil (FOTO: CESAR GRECO/PALMEIRAS)
O que muda no planejamento depois de dois pontos em três jogos? Essa é a grande dúvida que a comissão técnica tem neste início ruim de Campeonato Brasileiro.
Conhecida pelo planejamento minucioso e bem-sucedido na maioria dos casos, a equipe técnica do Palmeiras terá de se reinventar na busca da recuperação no torneio mais longo da temporada – e o mais importante, ao lado da Libertadores.
Prevendo a cobrança, Ferreira começa a se antecipar, como disse na entrevista coletiva após o bom jogo verde contra o Flamengo: “Queremos ganhar, não começamos bem o campeonato. Mas não é como começa, é como acaba. Mas não começamos bem, não podemos negar isso, deveríamos ter ganho do Ceará, que foi melhor e aproveitou um cansaço extra que a nossa equipe teve. Em condições normais, em nossa casa, recuperados não iam fazer o que fizeram.”
A preocupação novamente é com o calendário apertado. “O calendário é assim, já está marcado e temos de aceitar. Achei engraçado porque três dias ou quatro provaram com a mesma dose. Tiveram de jogar fora, vieram e em casa, com calor, o Botafogo ganhou por 3 a 1. Não há milagres. Queríamos ter ganho, contávamos com esse jogo, mas futebol não é matemática.”
Uma questão que está pegando neste momento é a quantidade de jogadores à disposição. Patrick de Paula foi embora, Deyverson está indo e os garotos da Copa São Paulo 2022 ainda não têm a confiança da comissão técnica. Mas essa não foi a opção de Abeçl, ou seja, ter um elenco enxuto?
“Temos um elenco curto por opção minha. Sim, queríamos outras alternativas, o clube não conseguiu encontrar por várias razões“, tentou explicar o técnico palmeirense. “Temos dois jogadores por posição, temos 24 jogadores mais os moleques da formação que nos têm ajudado. É isso que vamos continuar a fazer. O problema não é jogar oito ou nove jogos em um mês, é jogar até novembro.”
Comments (3)
Gustavo Aroni
Meu Deus, acho que sou fora da curva mesmo. Por isso que os fanáticos me chamam de gambá. Li no outro post, algo como: “Fizemos um “bom jogo” contra o Flamengo.” Que bom jogo, se não fizemos gol, fomos covardes, não atacamos no 2° tempo, não vencemos e ainda ficamos choramingando um pênalti? Que p.o.r.ra de recuperação é essa? Tão de brincadeira, né? É zoeira? Futebol agoniza, não é possível! 😩
Porco Nervoso
O título do post fala em recuperação.
No meu modo de entender o time já está recuperado. Empatar sem gols com o vice no maracanã lotado, com torcida única, jogo da vida deles depois de perder a Libertadores pra nós, pressão de tudo que é jeito, não é qualquer time que consegue manter a concentração durante mais de 90 minutos.
Agora tem que massacrar os gambás pra ganhar moral.
Tem que jogar com a mesma vontade que jogou no Allianz naquele 2×1.
Donato, o Lucido
Abel quis sim um elenco mais enxuto, porém esperava por um elenco mais qualificado.
Como ele bem disse na excelente entrevista de ontem, ele não indica jogador, e sim, as características que espera para cada posição.
A meu ver, o foco deve estar nas Copas e não no Brasileiro. A arbitragem já deixou claro que será um adversário a mais pra nós. Três jogos e três arbitragens tendenciosas contra nós.
O ponto alto da entrevista do Abel foi quando ele chamou alguns da imprensa de “Professores de Deus”. Sensacional!!!!