Santos x Palmeiras: arbitragem foi abaixo da média, mas não comprometeu
JOGO: SANTOS X PALMEIRAS
DATA: 29/05/2022
ÁRBITRO : Luiz Flavio de Oliveira
ARB.ASSIST.1: Marcelo Van Gasse
ARB. ASSIST.2: Alex Ang Ribeiro
ARB. VAR: Wagner Reway
ÁRBITRO DO CONTRA?
Corre uma prevenção entre a torcida do Palmeiras com a família Oliveira (Paulo Cesar e Luiz Flavio) com a imagem de sempre prejudicar o Palmeiras. Não acredito nisso, pois eu os conheço desde muito tempo e erram como todos.
Entretanto, sempre temos relutância em aceitar quando é contra nosso time. O árbitro, antes de ver a cor de uma camisa, vê em primeiro lugar sua carreira. Nos subterrâneos das federações sempre há preferidos e protegidos em detrimento à competência.
Existem árbitros que têm o caminho facilitado; outros têm o caminho dificultado. Um exemplo claro disto,foi foi Dulcídio Vanderlei Boschilla, que foi um dos maiores e mais respeitados árbitros brasileiros em sua época – e jamais chegou a ser árbitro internacional.
Outros, na mesma época, muito mais fracos, porém bons de política nos subterrâneos da alta cúpula das federações e confederações, foram árbitros FIFA, só que a mínima condição de ter o escudo internacional.
MERECIMENTO POR COMPETÊNCIA
Paulo Cesar foi promovido a FIFA por total mérito e seu irmão, Luiz Flavio, recebeu o escudo de herança também por total mérito, então não acredito em prevenção ou má vontade contra um ou outro clube.
Sendo assim, vamos falar especificamente de Luiz Flavio de Oliveira, que arbitrou Santos e Palmeiras, objeto desta análise. Foi formado pela Federação Paulista de Futebol em 1999 e entrou para o quadro de árbitro internacional em 2015.
Conversando certa vez, com um instrutor da escola de arbitragem da FPF, ele me disse que era melhor que o irmão (Paulo Cesar), pois não apitava com o livrinho de regras debaixo do braço. Foi guindado ao quadro internacional, como dissemos acima, e vinha bem, com excelentes e consistentes atuações.
Todavia, quis o destino interromper esta sequência de bons trabalhos e em 2017, em jogo do Campeonato Paulista, em Diadema, entre Água Santa e Bragantino. Sofreu forte entorse durante a partida, com rompimento dos ligamentos do tornozelo.
Fato curioso: quando ocorreu o incidente, era uma jogada de área. Depois da queda, continuou observando o desenvolvimento do jogo de joelhos, até a bola sair pela lateral, interrompendo somente após a conclusão para ser substituído.
Demorou muito tempo para voltar a arbitrar um jogo e, quando voltou, já não mostrava e não mostra ainda trabalhos consistentes – ora faz excelente atuação e ora vai muito mal, como hoje.
NÃO É MAIS O MESMO!
Esta situação se refletiu no trabalho deste jogo. Em dois lances capitais, os dois a favor o Palmeiras, nada assinalou. Foi alertado pelo VAR – no gol assinalado pelo Santos houve falta clara do jogador do Santos Leo Batistão em Zé Rafael, um empurrão claro e grotesco pelas costas do palmeirense e nada foi anotado. O VAR entrou em ação e o lance foi corrigido.
Procurei para ver o posicionamento dele em relação à falta e a TV não mostrou, mas para não marcar uma falta clara assim, deveria estar com a visão encoberta ou, então, a torcida do Palmeiras tem razão em sua prevenção.
Outra situação que foi resolvida pelo VAR, foi o pênalti em Marcos Rocha, com a utilização do ombro nas costas, que se caracteriza nas regras como tranco e deve ser punido.
Até poderia ser um simples tranco ombro a ombro, em que o jogador que sofre a carga faltosa tenha o ombro deslocado até a coluna!!!
Não me lembro bem em qual jogo, Marcos Rocha também sofreu o mesmo tipo de falta e foi marcado penal, também com auxílio do VAR.
Também várias outras faltas não foram marcadas, conforme o usual entre os árbitros brasileiros, sob a égide de “deixar o jogo correr”. Entretanto, as regras têm que ser cumpridas e, para este tipo de conduta, estão ignorando totalmente o determinado, bem como seu espírito.
BOA DISCIPLINA
Os cartões mostrados: 5 para o Santos e 1 para o Palmeiras. Alguns foram por reclamação da marcação do pênalti; e o exibido para o Palmeiras foi por agarrar o adversário e impedi-lo de continuar um ataque promissor. O defensor Naves, do Palmeiras, deveria ser advertido pela entrada sobre Ricardo Goulart e não o foi.
Acrescentou 6 minutos no primeiro tempo, com correção, pois houve parada para hidratação e consulta ao VAR no gol assinalado e anulado.
No segundo tempo, foi acrescido 8 minutos, com a parada de consulta ao VAR e demora na cobrança do pênalti, mais as substituições, com seis interrupções.
Fazendo uma comparação, no primeiro tempo com parada para hidratação (3 minutos na média) e consulta ao VAR, foram 6 minutos, então podemos entender que 8 minutos no segundo tempo foi exagerado, mas sempre e melhor errar por excesso do que por omissão (lembram do jogo Palmeiras x Fluminense?)
VAR a cargo de Wagner Reway, ex-árbitro FIFA-MS jubilado) salvou a arbitragem de cometer erros grosseiros e prejudicar um dos times. Enfim ,foi uma arbitragem abaixo da media, muito abaixo da capacidade deste árbitro.
Comments (3)
Porco Nervoso
O cara estava doido pra ferrar o Palmeiras, se dependesse dele o gol do Santos seria validado e o penalty no Marcos Rocha não seria marcado.
O impedimento que o Santos reclama que o atacante das sardinhas sairia na cara do gol não vi nenhuma imagem que mostra posição legal.
Benedito Martinho Correia de Oliveira
Infelizmente como voce colocou em seu comentário, após o Luiz Flávio ter se contundido no jogo em Diadema, nunca mais arbitrou jogos com uma arbitragem boa, parece um para raio pois em todos os jogos ou se complica no começo do jogo ou no final, e uma pena pois na minha opinião hoje arbitra na sombra do irmao.
Maurício Ferreira Benigno
O Maicon saiu reclamando de uma bola que o Santos sairia na cara do Lomba, mas foi marcado impedimento antes da bola chegar, mesmo atacante do peixe estaria em condições de gol. Segundo o Maicon, o Luiz Flávio assumiu o erro. Em um lance claro de gol o VAR, poderia comunicar esse erro a ele?