SEP 2×1 JUV: Arbitragem de Jefferson de Moraes

Por Oiti Cipriani

  • Assistente 1: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa)  
  • Assistente 2: Luanderson Lima dos Santos (BA)
  • VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (Fifa)

Árbitro goiano de 35 anos, Arbitrou nesta temporada 8 jogos da série A, incluindo o jogo desta noite no Allianz Parque, mostrando 36 cartões amarelos e 5 cartões vermelhos. Na temporada total, contando todas as competições, foram 28 jogos, 149 cartões amarelos e 11 cartões vermelhos. Árbitro que vem colecionando polêmicas em sua curta carreira como profissional em trabalhos de série A.

O Jogo

Crédito Cesar Greco/Divulgação

Quando time conhecimento da escala deste árbitro para o jogo do líder do campeonato contra o lanterna, a previsão era de um jogo difícil, disputado, um querendo manter a liderança e outro querendo fugir da última colocação, sabia que seria muito jogo para pouco árbitro.

Começou o jogo, com 5 minutos, o jogo transcorrendo bem, o árbitro muito próximo das jogadas, se impondo com sua presença, pensei que tivesse julgado precipitadamente, todavia, após o início promissor, meus temores se confirmaram.

Se confundiu totalmente no andamento do jogo, se acovardou, se escondeu de decisões polemicas. Vou citar dois momentos do jogo que poderia e deveria se impor e não o fez, demonstrando toda sua incapacidade para dirigir um jogo desta importância.

  1. O goleiro Pegorari (egresso das categorias de base do Palmeiras) do Juventude, com apenas 1 minuto, iniciou a prática de retardamento do jogo. O árbitro se aproximou, ficou sobre a linha da área penal (área grande), admoestou o goleiro pelo retardamento, e reiniciou a partida. Na próxima bola parada para o goleiro, este voltou a cometer a mesma transgressão e o árbitro voltou a se aproximar e advertir verbalmente …, porém, desta vez o goleiro o enfrentou, peito a peito e o “valente árbitro” se afastou, com o rabo entre as pernas. Aí como falamos comumente na arbitragem “deu asas para a cobra e ela voou”. Toda a bola que o goleiro ia repor em jogo, era a mesma cena, o goleiro retardando o reinício do jogo e o árbitro virando as costas, como a dizer, não estou vendo!!
  2. No final do primeiro o tempo, quase ao final dos acréscimos concedido, o jogador Pitta, do Juventude, ficou pulando em frente ao jogador do Palmeiras, evitando a cobrança do lateral com rapidez, que era o desejo do palmeirense, e o “valente árbitro” ao invés de advertir com apresentação do cartão o jogador transgressor, simplesmente encerrou a primeira etapa.

Deixou de marcar uma falta sobre o atacante Rony, alegando que se atirou, mas, o atacante já tinha feito a passagem sobre o defensor e não tinha o mínimo motivo para simular falta. Mas esta omissão não teve maior consequência.

Outra omissão foi grave, o “valente árbitro” deixou de assinalar uma falta clara do defensor do Palmeiras, interpretando como contato normal de jogo, e na sequência, o time Verde quase assinalou o segundo gol, em início de jogada irregular.

Deixou o Juventude fazer faltas em sequências, ora assinalando, ora confundindo faltas com contatos de jogo. Das 10 situações de tiro livre direto, ele deve ter faltado pelo menos em 4 aulas que as situações foram ministradas em seu curso.

Disciplina

Puniu somente com 3 cartões amarelos o time do Juventude, assinalando 15 e 6 faltas respectivamente, Juventude e Palmeiras. Como falamos acima, a parte disciplinar foi abaixo de medíocre, não teve coragem de coibir o retardamento do jogo do time visitante.

Houve uma situação cômica no jogo, o defensor do time gaúcho caiu ao solo, alegando estar contundido. A equipe médica que estava na lateral do assistente número 2, tendo atendido outro atleta da equipe, aparentemente, foi autorizada por este assistente a entrar. Porém até se deslocarem para a área de defesa do time, o jogador se levantou, e eles saíram pela linha de fundo.

Deduzo da situação, que o árbitro tenha autorizado a entrada ou prestigiou o seu parceiro de trabalho, porém, com a entrada em campo da equipe médica, o jogador teria que sair do campo. Outra hipótese, se não foram autorizados, teria que expulsar alguém da equipe médica, por invasão de campo.

Nenhuma das situações ocorreu.

Recuperação de tempo

Com toda a situação de retardamento de jogo acima exposta, acresceu somente 3 minutos no primeiro e 4 no segundo, com 5 paradas para substituições, entrada de equipe médica, etc.

Assistentes

Assinalaram 4 impedimentos durante o jogo. O assistente número 2 teve um trabalho muito fraco. No primeiro tempo, ocorreu uma falta muito clara em sua frente, e a bola saiu pela lateral, que foi assinalada por ele. Na sequência o árbitro marcou falta na jogada, e o preclaro profissional, balançou a bandeira, confirmando a decisão do árbitro, que não tinha necessidade, pois o joga já estava interrompido. Aparentemente, repito, aparentemente, na jogada inicial do gol do Juventude, a bola havia saído pela linha lateral (foi do lado em que eu me encontrava no estádio). Entretanto, vamos dar o benefício da dúvida nesta situação.

VAR

Não foi acionado, mas vamos convir, que está verificação lenta e demorada de todos os gols marcados, cria um clima de ansiedade e tensão, gerando um anticlímax para a festa da torcida nos gols assinalados.

Conclusão

Concluindo, arbitragem abaixo de qualquer padrão profissional que temos visto nos jogos do futebol brasileiro. E olha que tem havido arbitragens ruins… mas hoje extrapolou na mediocridade. Numa escala de 0/10, por tudo que expusemos, um 4,5 com muita benevolência.

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