Trabalho protocolar de Edina Alves em SEP 1×0 NOV

Por Oiti Cipriani

Palmeiras 1×0 Novorizontino

• Data: 28/03/2024
• Allianz Parque
• Campeonato Paulista – semifinal

• Árbitro: Edina Alves Batista
• Árbitro assistente 1: Daniel Luís Marques
• Árbitro assistente 2: Rafael Tadeu Alves de Souza
• Quarto árbitro: Douglas Marques das Flores
• VAR: Marcio Henrique de Gois

Árbitra

Com 43 anos de idade (10/01/1980), formada em arbitragem em 2001. Incluindo o jogo desta noite no Allianz Parque, arbitrou 10 jogos da série A paulista no corrente ano, mostrando 48 cartões amarelos e três vermelhos, assinalando três penalidades máximas.

Análise técnica

As reclamações da torcida do Palmeiras em relação à arbitragem da noite desta quinta-feira não procedem. Já vimos trabalhos desta profissional muito bons, medianos e péssimos. Nesta noite, fez uma arbitragem protocolar, assinalando algumas faltas inexistentes e deixando de assinalar outras rigorosamente iguais. Houve reclamações sobre um pênalti sobre Endrick, que não existiu, ele escorregou no lance. Na reclamação de pênalti sobre Flaco López, aconteceu uma trombada na área e o jogador do Palmeiras se atirou, tentando ludibriar a arbitragem.

Portanto, diante do exposto, fez uma arbitragem mediana, não interferindo absolutamente no andamento e marcador final.

AVALIAÇÃO: 7,5

Disciplina

Assinalou 11 faltas contra o Palmeiras e 17 contra o Novorizontino. Mostrou três cartões durante o jogo, um para o jogador do Palmeiras, Richard Ríos, por retardamento de jogo e dois para a equipe do interior: um para Luiz Felipe, por infringir persistentemente as regras do jogo e outro para Fabricio Daniel, por reclamação.

Sendo um pouco mais rigorosa, poderia ter mostrado cartão amarelo para Zé Rafael, por agarrar o adversário Rômulo, em jogada de ataque. Mesmo tendo uma compleição franzina, se impôs fisicamente quando necessário, interferindo com autoridade quando qualquer início de tumulto acontecia.

Aparentemente perdeu o hábito de segurar nos braços dos jogadores, que era um item a ser corrigido em seus trabalhos, visto isto gerar algum sinais de intimidade que não condiz com a autoridade do árbitro no campo de jogo.

AVALIAÇÃO: 8,0

Controle de tempo

Acresceu dois minutos no primeiro tempo; foi muito econômico, em razão da demora em reposição de bola do goleiro do time do interior e por ter havido uma parada para atendimento.

No segundo tempo foram acrescidos 5+1 minutos. Quando o tempo de acréscimo se esgotou, a bola havia saído pela linha de fundo do Palmeiras em tiro de meta. Deveria ter encerrado o jogo ali, porém, quis deixar o jogo reiniciar, para acabar com a bola em movimento, e esta demora em encerrar, gerou o início de confusão entre os jogadores, que obrigou a acrescer mais um minuto.

AVALIAÇÃO: 8,0

Assistentes

O assistente número 1, popular Queijinho, foi mais exigido e no segundo tempo, precisou se interpor entre dois jogadores que principiaram um tumulto. Entrou no meio e apagou o fogo que se iniciava.

Ambos tiveram um bom trabalho,

VAR

Foi consultado duas vezes, nos lances acima citados, e não interferiu no andamento do jogo. Uma observação: com a mudança de direção da Comissão de Arbitragem da FPF, aparentemente os árbitros de vídeo foram orientados a não interferir em decisões de campo do árbitro. Temos percebido muito menos dependência deste aparato nos jogos do Campeonato Paulista nesta edição. Mudança benéfica para o bom andamento do jogo.

Conclusão

Conforme relatamos acima, seu trabalho foi protocolar e em suas decisões não houve lances polêmicos. Foi uma arbitragem mediana, entre bons trabalhos e trabalhos mais fracos desta profissional.

Deve-se levar em conta que é muito mais difícil apitar uma semifinal que uma final, que todos os olhos estão voltados para o jogo. Isto justifica a classificação dada no início desta análise para “jogo difícil” (índice 4).

MÉDIA FINAL: 7,8

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