Paulista 23 SEP 1×0 SBC: análise da arbitragem
Por Oiti Cipriani
- PALMEIRAS 1 X 0 São Bernardo
- Data: 11/03/2023
- Árbitro: Edina Alves Batista
- Árbitro Assistente 1: Neuza Ines Back
- Árbitro Assistente 2: Daniel Paulo Ziolli
- Quarto Árbitro: Ilbert Estevam da Silva
- VAR: Marcio Henrique de Gois
Preâmbulo sobre Edina Alves Batista
Fiz este preâmbulo, na sexta feira, antes do jogo, quando tomei conhecimento da escala deste jogo. Esta profissional, com esta escala, é a terceira vez que trabalha em jogo do Palmeiras, em treze rodadas, perfazendo 25% das escalas.
Nos dois primeiros jogos, contra o São Paulo (https://3vv.com.br/novo/paulistao-2023-arbitragem-de-edina-a-batista-sep-0x0-spfc/) e Inter de Limeira (https://3vv.com.br/novo/analise-da-arbitragem-sep-2×0-inter-limeira/) e em ambos teve dificuldades em seus trabalhos.
Dia 25/2 arbitrou Corinthians x Santos e no dia 5/3 arbitrou Botafogo x São Paulo e teve seu trabalho muito contestado em ambos os jogos; e agora está escalada para o jogo mais difícil das quartas de final, jogo que reúne o primeiro contra o segundo colocado na classificação geral. É uma árbitra que tem poucos recursos técnicos e não goza de velocidade para acompanhar jogos mais corridos e com a sequência de escalas que está recebendo podemos tirar três conclusões: ou a Comissão de Arbitragem está “fritando” a profissional, ou recebeu ordens superiores, ou está querendo mostrar que não sofre pressão externa em seu trabalho.
Porém, com qualquer uma das hipóteses que o leitor escolher, a Edina está pagando pela falta de sensibilidade dos seus superiores, que deveriam poupá-la de uma exposição excessiva em jogos mais visados.
Enfim, vamos torcer antes da profissional, pelo ser humano, que vem passando por uma enorme crítica ao seu trabalho pelas redes sociais ou na mídia esportiva, todos criticando seu trabalho, o que demanda da pessoa enorme preparo psicológico. Minha torcida é que faça um excelente trabalho e ao fazer a crítica do jogo, escrever que teve uma atuação irrepreensível.
Repito, este preâmbulo foi escrito no dia anterior ao jogo.
Análise do trabalho da árbitra
Vamos iniciar este comentário, com uma observação que fizemos em sua atuação. Esta profissional tem que se conscientizar que uma arbitragem de futebol não pode ser tratada como o casamento da irmã ou da prima. Ela não tem que socializar com os jogadores, ficar pegando no braço deles ou permitindo que eles façam o mesmo com ela. Ela tem que respeitar e ser respeitada, e agindo desta maneira dá abertura para os jogadores fazerem o mesmo com ela.
Vamos para a análise técnica. Em princípio ela se posicional mal em campo, na sua diagonal, espaço que compreende uma reta entre o lado esquerdo do ataque até o lado direito da defesa do mesmo time. Ou seja, o árbitro deve correr na diagonal do lado oposto de onde se localizam os assistentes, sem se aproximar das linhas de fundo (ou linha de meta, em linguagem mais técnica).
Edina fica sempre entre 20/30 metros de onde estâ ocorrendo o lance. Com isto, inverte laterais, deixa de marcar escanteios em toques sutis na bola e principalmente, perde a noção de disputas mais acirradas e sua presença inibe estas ações.
Agiu corretamente em não marcar o pênalti reclamado pelo São Bernardo, em suposto toque de Marcos Rocha na bola, assim como acertou na não marcação de dois choques do atacante Rony na área adversaria.
Como todo árbitro brasileiro, deixou e assinalou faltas semelhantes, ora punindo, ora deixando o jogo seguir. Ela, já que gosta de falar, ao invés de querer ser árbitra de futebol deveria vender Avon ou Tupeware… vai gostar de resenha em outra profissão. Cada parada de bola, principalmente nos escanteios e faltas próximas a área, era um discurso, e isto interrompe muito o jogo. Se a Fifa aprovar o tempo somente com a bola em movimento, jogo dela vai durar mais que novela mexicana. Fazia questão de laterais e faltas serem cobrados 50 cm para frente ou para trás, retardando muito o jogo no primeiro tempo. No segundo tempo abandonou estas exigências e o jogo correu mais solto.
No suposto pênalti contra o Palmeiras, acima referido, foi peitada, empurrada pelos jogadores do São Bernardo, e não tomou qualquer ação. Este fato ocorreu em todo o jogo: qualquer assinalação contra sua equipe, os jogadores visitantes faziam rodinhas, argumentavam, reclamavam e ela não fazia valer sua autoridade máxima dentro de campo, ignorando-as totalmente.
Disciplina
Mostrou 7 cartões durante o jogo: 2 para a equipe do Palmeiras e 5 para a equipe visitante. Deixou de aplicar cartão no primeiro tempo em uma falta acima do tom em Raphael Veiga e no segundo teve uma entrada semelhante, no mesmo jogador, que a assistente 1 acusou impedimento do atacante.
O fato de estar em impedimento elimina o prosseguimento técnico, porém, não isenta a punição disciplinar e a entrada foi ação temerária, e o cartão deveria ter sido mostrado. Assinalou um total de 18 faltas, 7 do mandante e 11 do visitante.
Recuperação de tempo
Acresceu 3 minutos no primeiro tempo, e foi muito conservadora neste acréscimo, visto o jogo ter alto retardamento, tanto pelos jogadores visitantes, como pela árbitra, conforma acima explanado. No segundo tempo acresceu 6 minutos, que foi bem observado.
Foi acusado na súmula do jogo o tempo de bola rolando de 35 minutos no primeiro tempo e 32 minutos no segundo tempo, totalizando 67 Minutos (!!!!). Estes números fazem parte do número cabalístico exigido pela Comissão de Arbitragem, querendo induzir que os jogos atendem a determinação da FIFA de mínimo de 60 minutos de bola rolando. Mas isto é uma falácia.
Fiz novamente a marcação do tempo de bola rolando, assistindo ao jogo no Allianz Parque, disparando e pausando o cronometro conforme o andamento do jogo e tivemos 23:23 no primeiro tempo e 29:08 no segundo, totalizando 52:31 minutos de bola rolando. Esta segunda marcação foi muito mais realista que o número cabalístico emitido pelo quarto árbitro.
Assistentes
O assistente número 2 foi mais exigido, mesmo tendo deixado a árbitra principal sozinha em uma falta próximo a seu local. Ambos tiveram um bom trabalho,
VAR
O VAR foi acionado somente uma vez, na bola na mão de Marcos Rocha, e no restante não foi consultado
Conclusão
Mesmo com estas críticas aqui emanadas, dos três jogos que foi arbitrado por ela, este foi o jogo em que ela se saiu melhor. Precisa corrigir sua postura no tratamento com os atletas, aprimorar sua velocidade e posicionamento e não ter medo de punir disciplinarmente.
Uma nota 6,5 reflete bem o trabalho executado.
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Comments (4)
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Donato, o Lúcido
Viva João Gaveta!!!!
Marcos Donato
Saudade de quando tínhamos o João Gaveta em nossa torcida.
Ele sabia como tratar árbitros
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