Arbitragem de Wilmar Roldán em SEP 4×0 LDU
Por Oiti Cipriani
PALMEIRAS 4 X 0 LDU
COMPETIÇÃO- LIBERTADORES 2025 – 2ª SEMI FINAL
- Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
- Árbitro assistente 1: Jhon Gallego (COL)
- Árbitro assistente 2: David Fuentes (COL)
- VAR: David Rodriguez (COL)

Árbitro
Árbitro colombiano da província de Amalfi, nascido 24/01/1980 (45 anos). Árbitro internacional FIFA desde 2008.
Teve uma carreira meteórica no âmbito internacional, substituindo uma lenda da arbitragem colombiana, Oscar Ruiz. Teve uma queda de produção, que ficou relegado a um segundo plano na arbitragem sul americana, e agora está voltando ao nível anterior e voltou a ser prestigiado.
Para estes dois segundos jogos de semifinal, a COMENBOL propagou que escolheu os dois árbitros a dedo. O árbitro do jogo na Argentina, teve uma atuação bem fraca, diferente do jogo no Allianz, que analisaremos abaixo. Na atual competição, foi o 8º jogo, mostrando 43 cartões amarelos e quatro vermelhos (um pelo segundo amarelos e três diretos), e dois tiros penais. Nesta competição foi o segundo jogo do Palmeiras. O primeiro contra o Sporting Cristal, com vitória do Palmeiras por 6×0.
Análise Técnica
Lances polêmicos
Os únicos lances que eventualmente poderíamos taxar como polêmicos foram o tiro penal contra a equipe equatoriana. Mas o defensor abdicou da disputa de bola, atingindo somente o atacante do Palmeiras, e o árbitro estava colocado, aproximadamente 10 metros da jogada. Outro lance reclamado pelo Palmeiras foi um pênalti contra Flaco López, em que o árbitro agiu corretamente em não marcar, por ter sido uma disputa de espaço pela posse de bola.
Trabalho de campo
Uma boa arbitragem se alicerça em 5 pilares: conhecimento técnico; preparo físico, manutenção da disciplina, força mental e critério. Todavia, se o árbitro não tiver critério em suas decisões, inutiliza os outros pilares da atuação.
Neste jogo, o árbitro teve um critério retilíneo em todas suas decisões. Podemos até discordar de algumas faltas não marcadas, entretanto, o principal, manteve o critério único em toda a partida. Como dizemos popularmente “o pau que bate em Chico, bate em Francisco! ” e isto foi mantido durante todo o transcorrer do jogo. Um dos receios dos torcedores do Palmeiras seria que tem o hábito de picotar o jogo, que foi um requisito que não utilizou em momento algum.
Concluindo, teve uma excelente atuação, sendo forte candidato para dia 30 de novembro.
AVALIAÇÃO: 9,0
Disciplina
Foram assinaladas 20 faltas durante o jogo (comprova a observação que deixou o jogo correr), mostrando sete cartões amarelos: três para jogadores do Palmeiras e quatro para jogadores da LDU. Única ressalva que poderemos fazer à sua atuação, seria a condescendência em permitir a equipe equatoriana abusar do retardamento de jogo, enquanto estava com o placar agregado a seu favor, com simulações de contusões e sendo passivamente vista pelo árbitro.
Sintetizando, o tempo que ganhou em deixar o jogo correr, sem muitas interrupções, perdeu-se no retardamento praticado (isto quando nao era o próprio arbitro retardando o jogo). No restante teve uma atuação tranquila e correta, punindo quando devia.
AVALIAÇÃO: 8,0
Controle de tempo
No primeiro tempo prometeu três minutos e acresceu mais dois minutos, quando ocorreu o segundo gol do Palmeiras. No segundo tempo acresceu seis minutos.
Podemos questionar o tempo original acrescido, entretanto, com o acréscimo aos acréscimos, foi correto. No segundo tempo, devido às substituições e atendimento médico, foi bem observado. O retardamento de jogo praticado pela LDU era totalmente esperado e previsível.
- Tempo total de jogo: 101’17
- Bola Rolando: 48’17
- Paradas de jogo: 103

AVALIAÇÃO: 9,0
Assistentes
Tiveram atuação protocolar, assinalando somente um impedimento do time equatoriano. Colaboraram com o árbitro assinalando faltas em sua área de ação.
VAR
Foi consultado somente, conforme protocolo, nos gols e concordou com a marcação de tiro penal contra o LDU.
Conclusão
Conforme observamos acima, para quem foi escalado sob desconfiança da torcida do Palmeiras, teve uma excelente atuação. Muito acima da média, que deveria ser observada e copiada pela arbitragem brasileira, em relação aos critérios adotados, que como dissemos, pode até ser equivocado pelo olhar de alguns críticos ou torcedores, mas mostra claramente a linha que será seguida e isto evita reclamações e dúvidas na cabeça dos jogadores, que sabem qual a linha divisória, até onde podem ir.
MÉDIA FINAL: 8,6
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