Allianz the Best: perguntar não ofende

Por Cláudio Baptista Jr.

Amigos, o conceito dessa coluna é trazer ideias e pensar no futuro do nosso estádio. E por que não, o futuro da SE Palmeiras?

Temos hoje uma Arena ótima, invejável, que nos traz vantagem competitiva. Nosso Allianz Parque!

Mas e amanhã? E daqui a 10, 15 ou 20 anos? Black Mirror?

Não! Percebam que já se passaram mais de 10 anos, uma década, que temos nosso Allianz Parque como referência no Brasil em questão de instalações, de localização, e de agregação de valor à imagem da SEP!

E em breve não teremos mais a administração da WTorre. Após a conclusão do prazo do contrato de 30 anos, a WTorre pode se retirar da administração do estádio e de sua comercialização. Em tese, este ativo terá dado para a parceira o retorno sobre investimentos com uma importante taxa de remuneração. E para a SEP terá gerado um importante valor em vários aspectos: econômicos, financeiros, esportivos, de marca.

Assim, a partir desta premissa de que teremos uma mudança fundamental na gestão do Allianz Parque – sai WTorre, entra SE Palmeiras – o que podemos pensar de diferente para o futuro? Poderemos alavancar esse ativo? Elevar seu valor? Transformar?

Apesar dos importantes resultados já entregues pelo Allianz para a SEP, não podemos dormir em berço esplêndido acreditando que este é o limite onde podemos chegar. É necessário pensar nesse futuro que está logo ali.

Entretanto, do meu lado, tenho dúvidas se a Direção palmeirense está se estruturando para este momento que se avizinha.

Perguntar não ofende.

Sendo assim, e usando esse espaço como também um provocador de ideias, lançamos algumas perguntas que deveriam estar na agenda de qualquer gestor que preserva o planejamento e o futuro da instituição em que ele dirige.

Quais perguntas?

  • Toda a área no entorno do estádio, atualmente ocupada pelo Clube Social, é mesmo necessária?
  • Mantê-la será um potencial para nossa instituição? Tenho minhas dúvidas.
  • Em sendo a localização do Allianz algo privilegiado, e pensando de maneira livre e “fora da caixa”, me pergunto: poderíamos conceber a hipótese de mover o atual Clube Social da SE Palmeiras da Rua Palestra Italia para outra localidade?

Tema difícil, reconheço! Seja por questões práticas – cerca de 12 mil sócios que moram predominantemente no entorno da Rua Palestra Italia não ficariam felizes. Além disso, é este Clube Social o berço da nossa política.

Mas sendo provocativo e explorando essa hipótese. O que a SEP poderia fazer com essa área livre no entorno do Estádio?

Poderia desenvolver espaços para:

  • Instalações de comodidade aos eventos. Por exemplo, estacionamento subterrâneo.
  • Uma área que permitiria até mesmo a instalação de um gramado natural removível em dias de shows.
  • Espaço para planejar e implementar um teto retrátil, que seria excelente para alavancar shows e eventos “indoor”.
  • Mais área no entorno para gerar novas receitas “dentro do ecossistema” do Allianz Parque, em termos de merchandising, alimentos, bebidas, eventos de aproximação com a torcida.
  • Eventualmente a ampliação do estádio…. por que não?

E estes são apenas alguns exemplos de como poderíamos nos manter na vanguarda das Arenas esportivas Mundiais, dando mais um salto em inovação e oferta de uma Arena Esportiva !

E o Clube Social?

A origem sanguínea de tudo, e principalmente da política do clube.

É uma pergunta amarga, reconheço.

No meu pensamento poderíamos mudar a localização do Clube Social.

“Cláudio, ficou maluco?”

Não! não fiquei!

Temos instalações esportivas de outros clubes com grandes áreas pela cidade, inclusive alguns em um raio próximo ao atual local, que estão em dificuldades e poderiam acomodar o nosso corpo de associados em um espaço melhor, maior, menos apertado e com um investimento viável.

Novamente: perguntar não ofende. Nosso Clube, seus associados, os conselheiros eleitos por estes associados, os formadores de opinião que giram em torno da SEP, teriam condições, interesse, e por que não, coragem de ao menos pensar a respeito?

Abraços a todos.

***

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Comments (2)

  1. Fabio Baptista

    Muito provocativo!!! Muitas empresas procuram fontes alternativas de receitas, por vezes com produtos diferentes do seu core. São os chamados motores 2 que contribuem pra a perenidade do negócio. Assim sua coluna vai ao encontro deste conceito. Parabéns Cláudio (Juninho). Abraço irmão.

  2. Pinho – Bauru, SP

    Boa Claudio!!!! Excelentes reflexões! Desejo coragem e ousadia a todos os envolvidos na administração da SEP.

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