Análise da arbitragem de João Vitor Gobi em AGS 1×1 SEP

Crédito imagem: Cesar Greco/Palmeiras/Canon

Por Oiti Cipriani

Água Santa 1×1 Palmeiras

09/02/2025

Campeonato Paulista 2024 – R08

  • Árbitro: João Vitor Gobi
  • Árbitro assistente 1: Luiz Alberto Andrini Nogueira
  • Árbitro assistente 2: Leandro Matos Feitosa
  • Quarto árbitro: Douglas Marques das Flores
  • VAR: Adriano de Assis Miranda Muniz

Árbitro

Árbitro paulista, com 29 anos, nascido em 21/11/1995, estreou na série A paulista em 2023. Com o jogo desta tarde/noite de domingo em Brasília, foi sua sétima escala no Campeonato Paulista do corrente ano, mostrando 35 cartões amarelos e um vermelho.

Análise técnica

Lances polêmicos

1) Toque de mão de defensor do Água Santa dentro da área, que claramente usou o braço em uma ação de bloqueio. O árbitro, próximo ao lance, indicou que o braço estava colado ao corpo e posteriormente foi mostrado que o defensor inclinou o tórax para a frente e abriu o braço, onde a bola tocou. O tiro penal deveria ser assinalado.

Trabalho de campo

Péssimo trabalho, que pode ser dividido em duas partes. No primeiro tempo, onde foi muito tranquilo; e no segundo tempo, onde se perdeu totalmente.

Interrompeu duas vantagens promissoras do Palmeiras. Mesmo tipo de falta, a favor de ataque não punia, mas a favor da defesa, era muito rápido em assinalar. Retardou reinício de jogo com filigranas desnecessárias. Picotou o jogo em punições técnicas que não existiram.

AVALIAÇÃO: 3,5

Disciplina

Foram assinaladas 31 faltas, 16 contra o mandante e 15 contra o Palmeiras.

Mostrou sete cartões durante o jogo, cinco para o time do ABCD e dois para jogadores do Palmeiras.

Confuso também em suas punições! O zagueiro do Palmeiras Naves segurou o adversário em ataque promissor, situação de praxe para punição disciplinar. Mas nem falta assinalou.

Puniu o técnico Abel Ferreira por reclamação em perder uma vantagem clara e promissora do ataque de seu time. Ou seja, o árbitro comete grave erro técnico primário e não pode ser contestado.

O mesmo erro se repetiu alguns minutos depois. No lance de simulação, o que menos houve foi o motivo da punição. Se assinalasse pênalti contra o Palmeiras não seria nenhum absurdo. Mas … simulação? Definitivamente não houve.

AVALIAÇÃO: 3,5

Controle de tempo

Acresceu dois minutos no primeiro tempo.

No segundo tempo foram acrescidos 8+1 minutos.

Vamos contextualizar este acréscimo: o goleiro interrompeu o jogo por duas vezes, simulando contusão*. O jogador Wesley simulou contusão quando viu que iria se substituído. Ocorreu ainda retenção de reposição de bola em disputa pelo goleiro do Água Santa. Houve seis paradas para substituições. Três paradas para verificação do VAR. Tudo isto, sem contar com a estreita cooperação do árbitro em colaborar com o retardamento, ao mandar repetir inúmeros tiros livres por um metro a mais ou a menos, ou ainda, alegando a bola estar em movimento.

Diante desta situação, oito minutos originais foram muito exíguos.

Tempo de Bola Rolando: 53’01” para tempo total de 101’30”.

(*) A FIFA tem que arrumar um mecanismo para inibir o goleiro, quando o marcador é interessante para seu time, praticar este tipo de simulação. O árbitro, pode ser de qualquer nível, fica refém desta pantomina. Quem já viu, pessoalmente ou em vídeo, o treinamento diário de um goleiro de time profissional, percebe que ele faz defesas com grau muito maior de dificuldades e não se contunde. Nos jogos, como um péssimo ator canastrão, faz estas encenações sob o olhar impotente dos árbitros.

AVALIAÇÃO: 4,0

Assistentes

Ambos tiveram um trabalho normal. O AA1 foi ligeiro em impedir uma maior desavença entre Flaco López e Robles. 

VAR

Não dá para entender como encarou como normal o toque de mão na bola acima citado. Mas foi rápido em interromper o jogo quando o árbitro entendeu como simulação e aplicou cartão amarelo em atacante do Água Santa

Conclusão

Conforme relatamos acima, árbitro fraco, confuso, na primeira pressão do jogo se perdeu e meteu os pês pelas mãos.

Vamos repetir à exaustão: uma boa arbitragem de futebol se apóia em cinco pilares:

  • Técnica (aplicação e conhecimento das regras e seu espirito);
  • Disciplina;
  • Preparo Físico;
  • Critério;
  • Força Mental.

Neste jogo, repetimos, neste jogo, o árbitro só teve preparo físico.

MÉDIA FINAL: 3,6

***

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Comments (1)

  1. fraquíssimo

    Nota: 3,0

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