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Análise da arbitragem de Raphael Claus em SEP 1×1 COR
Crédito: Cesar Greco/Palmeiras/Canon
Por Oiti Cipriani
Palmeiras 1×1 Corinthians
06/02/2025
Campeonato Paulista 2024 – R07
- Árbitro: Raphael Claus
- Árbitro assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis
- Árbitro assistente 2: Alex Ang Ribeiro
- Quarto árbitro: Luiz Flávio de Oliveira
- VAR: Daiane Muniz
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Árbitro
Nascimento em 6 de setembro de 1979 (idade 45 anos), em Santa Bárbara d’Oeste, São Paulo.
Árbitro FIFA desde 2015.
No ano recém findo, pelo protocolo da FIFA, deveria ser jubilado. Entretanto, Raphael Claus faz parte do projeto Copa do Mundo 2026 nos Estados Unidos e Canadá, então será mantido no quadro internacional até este evento.
Na mesma situação encontra-se Edina Alves, que está inserida no projeto Copa do Mundo feminina em 2027.
Este foi o segundo jogo arbitrado por ele neste campeonato regional, mostrando cinco cartões amarelos e um vermelho. Assinalou dois tiros da marca penal.
Lances polêmicos
1) A não apresentação de cartão amarelo para Igor Coronado em falta sobre Mauricio, impedindo um ataque promissor do Palmeiras.
2) Expulsão de Yuri Alberto. Esta merece uma análise mais detalhada. Desde o ano passado, na comemoração de Luciano na Neo Química Arena, em jogo entre Corinthians e São Paulo FC, foi orientado aos árbitros punir com cartão amarelo comemorações chutando o pau da bandeira, onde, normalmente, se encontra uma bandeira do time mandante. Esta orientação foi uma prevenção para evitar retaliações do time adversário.
O jogador do Corinthians na comemoração do seu gol assim o fez e corretamente foi advertido com cartão amarelo.
Posteriormente, no segundo tempo, simulou uma falta e conforme a regra XII, toda simulação deve ser punida.
Claus estava perto do lance e optou por punir a infração e apresentou o segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho. ELE ESTÁ CORRETO!
Todavia, vemos em quase todos os jogos este tipo de ação e os árbitros assim não agem.
3) Pênalti reclamado de Andre Ramalho em chute de Piquerez. Hoje a regra prega que, se o jogador abre os braços e a bola o toca, aumentou seu raio de ação e a infração deve ser marcada. Todavia, se a bola toca antes em qualquer parte do corpo, não deve haver punição. É uma situação contraditória, pois se o jogador está com os braços aberto anteriormente e a bola toca em qualquer parte de seu corpo e vai nos braços, deve ser ignorado. Neste caso específico, o arbitro agiu corretamente, ao não punir o defensor. Inclusive a bola bateu em seu pé e foi para a mão, com ele de costas para a bola, ao se jogar em sua trajetória.
Mas era tão mais simples, antes de enfeitarem o pavão: mão não bola intencional à marca infração; bola na mão, sem intenção à segue o jogo.
4) Pênalti contra o Corinthians em Estêvão. Bem marcado! Houve a alavanca da perna do defensor no atacante. Nada a questionar.
Análise técnica do trabalho do árbitro
Árbitro experiente, está na prateleira mais alta da arbitragem brasileira. Levou o jogo com tranquilidade, mantendo um critério único de decisões. Podemos questionar uma falta contra o Palmeiras na lateral direita de defesa, que não houve absolutamente nada, que poderia acarretar em gol.
Se quisermos ser mais exigente e questionar outro deslize, seria a não punição ao goleiro visitante, exagerando com a retenção de bola nas mãos. Mas vamos aguardar os testes que estão sendo realizados em campeonatos menores, onde o árbitro após três segundos do goleiro tendo a bola nas mãos, começa a contar cinco segundos, de maneira a todos verem. E ultrapassando este tempo, o lance converte-se em escanteio para o adversário.
Só precisamos conferir se os árbitros serão orientados a obedecer a esta regra ou se serão orientados a usar o “bom senso”!.
AVALIAÇÃO: 9,0
Disciplina
Foram assinaladas somente 17 faltas no total. Seis contra o Palmeiras e 11 contra o Corinthians. Isto demonstra a tranquilidade que o árbitro comandou o jogo.
Mostrou três cartões durante o jogo, todos para jogadores do Corinthians – Yuri Alberto, acima explanado, contando duas punições e um vermelho e para Alex Santana, por jogar de forma temerária.
AVALIAÇÃO: 9,0
Controle de tempo
Acresceu dois minutos no primeiro tempo.
No segundo tempo foram acrescidos seis minutos.
Bom controle de tempo
Tempo de Bola Rolando: 57’34” para um tempo total de 98’06”.
AVALIAÇÃO: 9,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho protocolar. O Assistente número 1 inverteu um escanteio a favor do Palmeiras e assinalou tiro de meta. Ele também deveria estar atento à invasão de área na cobrança do pênalti.
VAR
Este árbitro não tem o hábito de usar o VAR como muleta. Aparentemente, no item 3 dos lances polêmicos, estava muito próximo e não consultou o VAR. No lance do gol do Palmeiras foi consultado sobre a linha de impedimento e validou o gol. O VAR deveria ter acionado o árbitro no pênalti assinalado. O defensor do Corinthians invadiu a área antes do toque na bola e é ele inclusive que tira a bola depois da defesa do goleiro.
O pênalti deveria ter sido repetido e aplicado cartão amarelo para o jogador que estava mais à frente.
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Conclusão
Conforme relatamos acima, árbitro que está na prateleira mais alta da arbitragem brasileira. Com uma Copa do Mundo em 2022 e indo para sua segunda Copa, tem o respeito dos jogadores e comissões técnicas. Na invasão do pênalti o Claus está olhando para o goleiro e não percebe a invasão. O VAR deveria chamaá-lo e não o fez.
MÉDIA FINAL: 9,0
Comments (2)
Ronaldo Ramires
o Claus estava indo bem até que cagou e sentou em cima (invasão de área do jogado gambá) aliás, ele gosta de sair fedendo de campo
NOTA: 2,0
Paulo
👏👏👏👏