Arbitragem de Lucas Paulo Torezin SEP 4×1 INT

Crédito da foto: César Greco, Palmeiras, by Canon

Por Oiti Cipriani

PALMEIRAS 4 X 1 INTERNACIONAL

CAMPEONATO BRASILEIRO 2025 – R23

• Árbitro: Lucas Paulo Torezin (PR)
• Árbitro Assistente 1: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE)
• Árbitro Assistente 2: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA)
• Quarto Árbitro: Bruno Mota Correia (RJ)
• VAR: Diego Pombo Lopez (BA)

Grau de dificuldade do jogo

Árbitro  

Árbitro paranaense de Campo Largo, 42 anos (11/03/1983). Iniciou sua trajetória na Série A do Brasileiro em 2024. Considerando o jogo desta tarde/noite no Allianz Parque, foi a 11ª escala no corrente campeonato, mostrando 53 cartões amarelos e um vermelho direto e assinalando quatro penalidades máximas.

Foi o segundo jogo do Palmeiras no ano. Anteriormente arbitrou Palmeiras 2×1 contra o Ceará, em SP, https://3vv.com.br/novo/arbitragem-de-lucas-paulo-torezin-sep-2×1-cea/, obtendo uma avaliação de 4,8.

Análise Técnica

Lances polêmicos

Único lance que poderíamos chamar de polêmico, mas não com muita ênfase, foi um choque do goleiro Rochet com Flaco López. Conforme dissemos, foi um choque normal de jogo. Nada a marcar.

Trabalho de campo

Teve seu trabalho facilitado pelo andamento do jogo. O Palmeiras fez um primeiro tempo frenético de heavy metal e um segundo tempo indolente de uma valsa vienense. No primeiro tempo o Internacional limitou a se defender, o que reduziu o campo de ação do árbitro, que o permitiu ficar muito próximo do desenvolvimento dos lances.

No segundo tempo, o time paulista administrou o resultado (4×0), e se limitou a trocar bolas em sua intermediaria de defesa, com raras jogadas mais agudas enquanto o time gaúcho quando conseguia a posse de bola, a perdia quase de imediato.

Mas … mesmo com esta facilidade do jogo, se perdeu no critério de faltas (problema recorrente na arbitragem brasileira), ora marcando, ora não marcando ações semelhantes. Com a desculpa de deixar o jogo correr (o que não aconteceu na prática, vejam o tempo de bola rolando nos jogos), deixou de aplicar a letra, espírito e interpretação da regra XII.

AVALIAÇÃO: 6,5

Disciplina

Foram assinaladas 26 faltas, 10 contra o Palmeiras e 16 contra o Internacional.

Mostrou três cartões durante o jogo, para o jogador do Palmeiras Gustavo Gómez e dois para o Inter – Vitinho e A. Rodrigues. Todos por ação temerária. Logo aos dois minutos de jogo a defesa do time gaúcho impediu um ataque promissor, jogada fácil de mostrar cartão amarelo e foi sonegado pelo árbitro.

Existe uma praxe não escrita na condução de jogos, que os árbitros brasileiros raramente apresentam cartão amarelo no primeiro tempo, para não ter que tomar atitude mais drástica de expulsão no segundo tempo. Este árbitro não foi exceção. Jogadas típicas para advertência contra ambos os times, foram totalmente ignoradas.

AVALIAÇÃO: 6,0

Controle de tempo

Acresceu dois minutos no primeiro tempo.

No segundo tempo foram acrescidos três minutos. Este tempo poderia ser maior, mas com o jogo decidido, melhor abreviar para evitar qualquer problema, principalmente com a torcida do Palmeiras gritando OLÉ a cada troca de bola, mesmo os jogadores do Palmeiras não tendo esta intenção de menosprezar o adversário. O tempo alto de bola rolando, para os padrões brasileiro, deveu-se ao primeiro gol ter nascido logo aos 4 minutos, impedindo o time visitante de praticar o retardamento, que havia se pronunciado no primeiro tiro de meta do goleiro gaúcho. Este gol obrigou a repor a bola com rapidez. Todavia, no segundo tempo, para evitar um placar muito alto, voltou a praticar o retardamento de reposição de bola, sob as vistas complacentes do arbitro.

• Tempo total de jogo: 94’38”
• Tempo de Bola Rolando: 57’05” (60,4%)

AVALIAÇÃO: 7,0

Assistentes

Ambos tiveram um trabalho regular. O Assistente 2 no terceiro gol do Palmeiras quis se eximir de responsabilidade, assinalando posição de impedimento de Lucas Evangelista, transferindo a responsabilidade para o VAR, que validou o gol. Todavia, era um lance bem simples de definir que na hora do chute de Felipe Anderson, que deve ser observado, que o autor do gol estava atrás da linha de defesa, portanto em posição legal.

VAR

Foi chamado em duas oportunidades, no terceiro gol do Palmeiras e no gol do Inter, validando ambos.

Conclusão

Conforme relatamos acima, árbitro da nova safra, mas já veio com defeito de fabricação, ou seja,

com os mesmos defeitos e manias dos árbitros figuras carimbadas de nossa sucateada arbitragem brasileira.

Estes hábitos se pronunciaram em um jogo de fácil condução. Será que tem estofo mental para um jogo mais disputado? Temos sérias dúvidas.

MÉDIA FINAL: 6,4