
Arbitragem de Ramon Abatti Abel em COR 1×1 SEP
Crédito da imagem: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
Por Oiti Cipriani
CORINTHIANS 1 X 1 PALMEIRAS
CAMPEONATO BRASILEIRO 2025 – R22
- Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
- Árbitro Assistente 1: Bruno Boschilia (PR)
- Árbitro Assistente 2: Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
- Quarto Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
- Árbitro de Vídeo: Rafael Traci (SC)

Árbitro
Árbitro conhecido! Apitou a Copa do Mundo de clubes, então dispensa maiores apresentações.
Com o jogo desta tarde/noite na Neo Química, foi o 12º jogo apitado no corrente Campeonato Brasileiro, mostrando 60 cartões amarelos e seis vermelhos (um pelo segundo amarelo e cinco diretos), assinalando seis penalidades máximas.
Este profissional faz parte do seleto grupo de árbitros brasileiros, que quando são escalados em jogos, ambas as torcidas ficam apreensivas e torcem o nariz. É um árbitro que não arbitra o jogo: ele media o jogo. Procura acomodar o desenvolvimento.
Análise técnica
Lances polêmicos
1) Pênalti a favor do Palmeiras. Na realidade, se não ocorresse a falta sobre Flaco López, iria para o VAR uma possível falta sobre Vitor Roque, onde o defensor quis tirar a bola e acertou somente a perna do atacante. Com relação ao pênalti marcado nada a contestar.
2) Gol do Corinthians. A falta existiu, a dúvida fica na posição de Gustavo Henrique, em posição de impedimento. Pelas imagens mostradas, é um lance inconclusivo (como foi o gol anulado do Palmeiras na Copa do Brasil). Enquanto a CBF não colocar o detector de impedimento automático, e continuar dependendo da ação humana na determinação se estava ou não em impedimento, irá continuar esta discussão: estava ou não estava? Financeiramente a CBF tem condições de usar esta tecnologia, mas … talvez falte vontade política para implementar. Foi prometido para o ano vindouro a adoção deste sistema. A pergunta que poderia ser feita: por que não implementar ainda este ano? Se implementar este ano, com o campeonato decorrido mais da metade, ficara desbalanceado em relação aos jogos anteriores e possíveis erros de aplicação das linhas, de forma manual.
3) Toque da bola na mão de Angelieri, dentro da área, com os braços abertos. A recomendação é, se o braço estiver em posição natural, o pênalti não deve ser marcado. O problema nesta situação é que não existe um parâmetro, que defina claramente o que é braço em posição natural e cada árbitro interpreta de sua maneira. Já vimos inúmeros pênaltis serem marcados por toques semelhantes.
Trabalho de campo
A principal característica deste árbitro é a total falta de critério. Por isto, dissemos acima que deixa de arbitrar para ser um mediador do jogo. Não marca infrações às regras, pune conforme o andamento do jogo. Marca ou deixa de marcar quando bem lhe apetece.
Mas com este tipo de arbitragem fica a dúvida: E AS REGRAS DO JOGO? Ora, às favas as regras! Importa o que ele quer deixar passar ou punir. Mas, a bem da verdade, não teve a mínima influência no jogo, a não ser que provem, através de imagens suplementares, que o gol do Corinthians estava em impedimento…, mas enquanto não tivermos esta certeza, ficamos com a opinião que não teve influência no marcador, apesar das marcações confusas.
AVALIAÇÃO: 5,5
Disciplina
Foram assinaladas 34 faltas, 18 contra o Corinthians e 16 contra o Palmeiras.
Mostrou cinco cartões durante o jogo, dois para jogadores do Corinthians – Depay e Bidon – e três para os jogadores do Palmeiras, Fuchs (no banco), Gustavo Gómez e Lucas Evangelista, e para o treinador Abel Ferreira.
Vamos contextualizar esta parte disciplinar. O jogador Bidon fez uma falta grosseira sobre Evangelista, deslizando no gramado, sem a mínima possibilidade de atingir a bola, atingindo por trás somente as pernas do adversário. Lance típico de cartão amarelo. Defensor do Corinthians interrompeu um ataque promissor de Vitor Roque, com a utilização de falta, para cartão amarelo, e não foi mostrado. Neste episódio, o técnico palmeirense exagerou na reclamação e foi punido com o cartão.
Na marcação do pênalti contra o Corinthians, o jogador Maycon exagerou nas reclamações, o árbitro o chamou e deu muitas explicações e a partir daí dividiu a responsabilidade de dirigir a partida com este jogador.
AVALIAÇÃO: 5,0
Controle de tempo
Acresceu 5+1 minutos no primeiro tempo.
No segundo tempo foram acrescidos cinco minutos. Podia ser maior o tempo de reposição, pelas simulações do goleiro do Corinthians, substituições, retardamento de reposição de bola em jogo.
- Tempo total de jogo: 101’14
- Tempo de Bola Rolando: 50’07 (49,5%)

AVALIAÇÃO: 6,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho normal, assinalando somente três impedimentos no jogo. Aqui cabe uma crítica à escala do Árbitro Assistente 1, que já teve uma desavença com o Abel Ferreira, que na entrevista coletiva criticou este profissional, dizendo que falou com ele em espanhol e neste episódio chamou o árbitro para expulsá-lo. Se a comissão quer provar ser independente, nada a argumentar, porém, poderia, por questão de bom senso, escalá-lo como Árbitro Assistente 2, que fica ao lado contrário dos bancos.
VAR
Validou a marcação do árbitro no tiro penal e ao traçar as linhas de impedimento, no gol do Corinthians, deixou como inconclusivo, conforme falamos acima.
Conclusão
Conforme relatamos acima, é um árbitro que gosta de colecionar polêmicas em seus trabalhos. Mostra uma certa arrogância em suas atitudes.
MÉDIA FINAL: 5,2
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Comments (1)
Donato, o Lúcido
Vou fazer aqui um teste de hipótese.
Vamos trocar as camisas. Se o gol validado fosse do Palmeiras contra os gambás e o pênalti sonegado fosse a favor dos gambás contra o Palmeiras, ambos os lances tendo como palco o Allianz Parque, o mau caráter do juca kfouri estaria xingando a Crefisa igual um doente mental, a histérica da milly lacombe estaria afirmando que a culpa dos erros de arbitragem era por conta do machismo estrutural, o xarope do ídolo de ninguém e craque de lugar nenhum neto estaria gritando alucinadamente diante das câmeras em seu programa de traço no ibope e o suposto praticante de violência doméstica, mauro cezar pereira iria estar afirmando que se tratava de uma conspiração para tirar o título dos cremadores de crianças.