
Arbitragem de Ramon Abatti Abel em SPFC 2×3 SEP
Por Oiti Cipriani
SÃO PAULO 2 X 3 PALMEIRAS
CAMPEONATO BRASILEIRO 2025 – R27
- Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
- Assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
- Assistente 2: Evandro de Melo Lima (SP)
- 4º Árbitro: João Vitor Gobi (SP)
- VAR: Ilbert Estevão da Silva (SP)

Árbitro
Árbitro catarinense de Araranguá, nascido em 18/09/1989, FIFA desde 2023. Incluindo o jogo desta tarde em São Paulo, foi o 15º, mostrando 80 cartões amarelos e sete vermelhos (dois pelo 2º amarelo e cinco direto), assinalando seis penalidades máximas. Este foi o 4º jogo do Palmeiras, com dois empates, uma derrota e uma vitória e o apitado por ele no presente e 2º jogo do São Paulo, com um empate e uma derrota. Foi um dos árbitros brasileiros no Mundial de Clubes nos Estados Unidos.
Análise Técnica
Lances polêmicos
1) Mesmo com o auxílio do VAR deixou de assinalar um tiro penal contra o Palmeiras em um escorregão de Allan, que derrubou o atacante Tápias, dentro da área. Foi um lance involuntário, mas …. “Sem querer” também é falta. Como foi dentro da área, pênalti e ambos (VAR e Árbitro de campo) não entenderam desta maneira. O São Paulo foi prejudicado.
2) Lance de Andreas Pereira, passível de expulsão. O árbitro estava muito próximo da jogada e entendeu como sem intensidade para expulsão, e o VAR não chamou e nem foi consultado
3) Carrinho de Arboleda em Vitor Roque. O defensor dá um leve toque na bola e atinge o atacante com imprudência. Pelo toque na bola, nem falta técnica foi marcada. Já havia exibido cartão amarelo por jogadas semelhantes, com menor intensidade para Rafael Veiga e Bobadilla.
4) Última falta do jogo, cometida por Aníbal Moreno sobre Rodriguinho. Não houve absolutamente nenhuma infração no lance.
Trabalho de campo
Podemos afirmar que o árbitro teve influência no resultado final do jogo, pois se o pênalti fosse marcado, o jogo estava 2×1, com grande possibilidades de ser aumentado e seria muito difícil uma reação com este marcador. Não coibiu o retardamento de repor a bola em jogo do goleiro Rafael, quando o marcador estava a seu favor.
AVALIAÇÃO: 4,5
Disciplina
Foram assinaladas 24 faltas, 12 para cada lado.
Mostrou oito cartões durante o jogo, três para jogadores do São Paulo e cinco para jogadores do Palmeiras. Com o auxílio do 4º árbitro, controlou bem o início de tumulto. Podemos questionar a não aplicação de cartão para Micael do Palmeiras, que saindo do banco, participou ativamente do conflito. Deixou o jogador do SPFC Luciano, como é habitual, querer apitar o jogo e não tomou providências, mas nada que desestabilizasse a arbitragem. No restante teve bom controle da disciplina
AVALIAÇÃO: 7,0
Controle de tempo
Acresceu quatro minutos no primeiro tempo, mas teve parada de dois minutos para hidratação. Então, na realidade foram acrescidos dois minutos.
No segundo tempo foram sete minutos acrescidos, porém, com a falta acima aludida, levou o jogo até oito minutos. O tempo acrescido foi econômico, devido aos retardamentos de reposição de bola em jogo praticado pela equipe mandante.
- Tempo total de jogo: 102’07
- Bola Rolando: 43’11
- Paralizações: 114

AVALIAÇÃO: 6,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho normal, assinalando somente um impedimento da equipe do São Paulo.
VAR
Deveria ter chamado o árbitro para rever o pênalti e assim evitaria polêmica maior, mas não o fez. Mas aqui cabe uma ressalva: sempre criticamos que o VAR brasileiro é intervencionista, que se envolve onde não existe um erro crasso. Neste caso, o árbitro estava com a visão totalmente aberta e viu o choque e entendeu como acidente de jogo. No restante não tivemos ocorrências para ação do VAR.
Conclusão
Conforme relatamos acima, excetuando-se o pênalti não marcado, outras polêmicas, como dizemos, foram erro de varejo, que não teria a mínima influência no resultado final. O que causa desconforto em quem acompanha o futebol brasileiro, é o ex presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, dizer em entrevista (https://3vv.com.br/novo/a-remuneracao-e-profissionalizacao-dos-arbitros-no-brasil/) que este, atualmente é o melhor árbitro brasileiro. Então não deixa de ter razão quando a mídia critica a arbitragem brasileira, dizendo estar sucateada.
MÉDIA FINAL: 5,8
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