Arbitragem de Raphael Claus em SEP 5×1 RBB

Crédito: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Por Oiti Cipriani

PALMEIRAS 5X1 RBB

CAMPEONATO BRASILEIRO 2025 –  R28

  • Árbitro: Raphael Claus (SP)
  • Árbitro: Assistente 1: Alex Ang Ribeiro (SP)
  • Árbitro: Assistente 2: Maira Mastella Moreira (RS)
  • Quarto Árbitro: André Luiz Skettino Policarpo Bento (MG)
  • VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

Árbitro

Árbitro paulista de Santa Bárbara do Oeste, nascido em 06/09/1979 (46 anos). Árbitro internacional FIFA desde 2015. Foi árbitro brasileiro nas duas últimas Copas do Mundo de seleções.

Com 46 anos deveria estar jubilado do quadro internacional (idade máxima de 45 anos), todavia, está escalado para a próxima Copa no hemisfério norte americano (Canada/USA/México), então permanecerá até a sua disputa (mesma situação da árbitra Edina Alves, escalada para a próxima Copa Mundial Feminina).

Claus até o momento, na série A do Brasileiro, foi escalado 16 jogos, mostrando 66 cartões amarelos e três vermelhos (um direto e dois pelo segundo amarelo), assinalando seis penalidades.

Análise Técnica

Lances polêmicos

Tivemos um único lance polêmico: a penalidade contra o Palmeiras, resultando no primeiro gol do jogo. A torcida reclama que o defensor do Palmeiras foi empurrado pelas costas e por isto tocou a mão na bola. Neste quesito houve uma disputa aérea por espaço, portanto, não houve falta.

No estádio não deu para ter esta percepção, porém, vi inúmeras vezes, frame a frame, mesmo a curta distância da cabeçada, o defensor sobe com os braços abertos, considerado uma posição antinatural, e portanto, pênalti. Mas já vimos toques piores, mais claros, não sendo marcado e levemos em consideração também a pressão sobre a arbitragem depois do último jogo São Paulo x Palmeiras, que deve ter influenciado a decisão.

Por outro lado, sobre a suposta falta sobre Bruno Fuchs, já vimos toques mais sutis que foram punidos. Portanto o único questionamento que poderíamos fazer seria da falta de uniformidade em interpretações de uma mesma situação.

Trabalho de campo

Claus optou por fazer uma arbitragem de “deixar o jogo correr”, todavia, deixou de assinalar faltas clara contra ambas as equipes. Enquanto não marcava “faltas claras”, outras faltas, muito mais “leves”, eram assinaladas (já repetimos exaustivamente que a regra do futebol não especifica faltas leves ou faltas claras, diz apenas que faltas dentro de um contexto, devem ser marcadas).

Árbitro que goza de respeito e conceito perante jogadores e comissão técnica, então é pouco contestado em suas decisões. Estranhamos sua permissividade em aceitar reclamações e justificar suas decisões, que não é de seu perfil. Mas, continua sendo um dos melhores, senão o melhor árbitro brasileiro (o que não tem um grande mérito, diante da mediocridade que atingiu a sucateada arbitragem brasileira).

AVALIAÇÃO: 7,0

Disciplina

Foram assinaladas 23 faltas, nove contra o Palmeiras e 14 contra o RBB.

Mostrou seis cartões durante o jogo, dois para os jogadores do Palmeiras, Murilo (ação temerária) e Andreas Pereira (por simulação) e quatro para os jogadores do RBB (Borbas, Jhon Jhon, Lucas Barbosa e Gabriel).

AVALIAÇÃO: 7,0

Controle de tempo

Acresceu 7+2 minutos no primeiro tempo, por consulta ao VAR no pênalti, atendimento de atletas e retenção de reposição de bola em disputa por parte do RBB.

No segundo tempo foram acrescidos três minutos. Foram cinco paradas para substituição. Corroborando a informação de sonegação de punição de faltas claras, o número de paradas de jogo foi bem baixo. Normalmente ultrapassa o número de 100.

Este é o único árbitro brasileiro que não economiza nos acréscimos, mas, também não prolonga quando o jogo está decidido e qualquer situação pode gerar uma faísca e incendiar o jogo em seu final. Foi o caso deste jogo, com somente três minutos de acréscimos. E quem não lembra do jogo Palmeiras 5×0 São Paulo, que não deu nenhum acréscimo no segundo tempo?

  • Tempo total de jogo: 101’48
  • Bola Rolando: 52’12
  • Paradas de jogo: 90

AVALIAÇÃO: 7,0

Assistentes

Ambos tiveram um trabalho protocolar, auxiliando o árbitro central em faltas próximas a sua área de atuação.

VAR

Interrompeu uma jogada para chamar o árbitro no vídeo para assinalação do tiro penal que abriu o marcador do jogo.

Conclusão

Conforme relatamos acima, dentro do nível da arbitragem brasileira, é uma tranquilidade quando vemos seu nome na escala. É muito mais confiável que os outros nove árbitros internacionais brasileiros.

AVALIAÇÃO: 7,0

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