BOT 1×3 SEP Arbitragem de Wilton Sampaio

Por Oiti Cipriani

Data: 03/10/2022

  • Jogo: Botafogo 1 x 3 Palmeiras
  • Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO/FIFA)
  • Assistente 1: Bruno Raphael Pires (GO/FIFA)
  • Assistente 2: Bruno Boschila (PR/FIFA)
  • Árbitro de Vídeo (VAR): Wagner Reway (PB)

Este início de matéria está sendo feita antes do jogo, com observações baseadas em trabalhos anteriores executados por estes profissionais em vários outros jogos. Em algumas matérias que fiz sobre arbitragem, disse que os árbitros brasileiros utilizam da filosofia de “bola parada é a favor do árbitro”. Isto significa que enquanto a bola estiver fora de jogo, não serão contestados em suas decisões.

Crédito Cesar Greco

Este árbitro é o retrato mais claro desta filosofia. Suas arbitragens são boas para a equipe visitante. Cada falta é uma palestra. Cada escanteio é um simpósio. Não pune as simulações de contusão, mostra uma paciência infinita com os atletas/atores, praticantes destes atos. Ele é muito fraco e chegou à FIFA por política de troca de favores na CBF, além de ser apadrinhado pelo Meira Ricci, que era tão ruim ou pior que ele.

O árbitro que será responsável pelo VAR está sendo reconduzido hoje aos trabalhos, depois de uma suspensão. Tanto Wagner Reway como Luiz Flávio de Oliveira passaram cerca de uma semana no Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (PADA), criado por Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF, para auxiliar profissionais que apresentam dificuldades na aplicação das regras, pela péssima atuação no jogo entre Athletico x Flamengo, partida de quartas de final da Copa do Brasil.

É mais preocupante, para o andamento do jogo, o trabalho do VAR, em que pese a baixa qualidade de trabalho do arbitro de campo.

O Jogo

A análise acima descrita foi feita no pré-jogo.

Pelos trabalhos anteriores do árbitro em jogos do Palmeiras, os temores eram totalmente cabíveis. Lembremos que 15 dias atrás o mesmo trabalhou no jogo contra o Santos e deixou de marcar um pênalti claro sobre o atleta Piquerez e com justiça expulsou Danilo.

Entretanto, os temores para o jogo desta 2ª feira foram totalmente infundados.

Único lance que eventualmente poderia gerar alguma dúvida, foi a marcação de um toque de mão do jogador Luan do Palmeiras. O protocolo de mão na bola não se aplica neste lance específico, em função de, mesmo com os braços abertos, foi cortar um ataque, a bola subiu e tocou em seu braço, e a marcação, mesmo equivocada, não teve maior consequência.

Deixou passar o lance de mão na bola do defensor do Botafogo, mas como o jogador infrator estava com o corpo a frente de sua visão, não teria como definir. Chamado pelo VAR, interrompendo inclusive, com a bola em jogo, reviu as imagens e determinou tiro penal, que gerou o gol de empate. Teve boa presença física, com boa proximidade do desenvolvimento das jogadas, no decorrer de seu trabalho.

Assinalou com correção as faltas e infrações cometidas e principalmente com critério, para jogadas iguais, punições e decisões idênticas.

Disciplina

Puniu com 4 cartões amarelos o time do Botafogo e com 1 cartão amarelo o time do Palmeiras, onde o mesmo jogador, Zé Rafael, tomou o segundo cartão amarelo e foi transformado em vermelho.

Entendemos que o primeiro amarelo para este jogador, com um pouco de má vontade com o time paulista, poderia ser vermelho. O segundo cartão, que gerou o vermelho, não foi uma falta violenta, porém impediu o início de um contra-ataque, portanto, correto. Assinalou 14 e 16 faltas respectivamente, para Botafogo e Palmeiras, com bom discernimento.

Recuperação de tempo

Acresceu 4 minutos no primeiro tempo, recuperação bem observada e 5 no segundo, que poderia ser mais longo, pelas substituições, interrupções de jogo por contusão e retardamento do time paulista. Neste jogo, não se envolveu em muitas e inúteis orientações, que todos os atletas, profissionais que são, já tem pleno conhecimento.

Assistentes

Assinalaram 7 impedimentos durante o jogo, com 1 do time mandante e 6 do time visitante, todos bem marcados. O assistente 2 deixou de marcar uma falta muito próxima de sua área de trabalho, deixando a cargo do arbitro, que se encontrava aproximadamente 15 metros de distância. No restante, não comprometeram e se portaram bem.

VAR

O responsável pelo VAR, também entrou no rol da desconfiança pelos trabalhos anteriores, com o agravante de estar retornando de uma suspensão e reciclagem por trabalho equivocado, mas trabalhou corretamente, não querendo arbitrar o jogo da cabine, e quando acionado, em dois lances capitais – pênalti e segundo gol do Palmeiras, definiu com acerto, pois o atleta Dudu estava visivelmente em posição de impedimento, porém, não teve nenhuma participação no desenvolvimento da jogada e o autor do gol estava em posição legal.

Conclusão

Concluindo, foi um trabalho muito bom, não só do árbitro, mas de toda a equipe. Em uma avaliação de 0/10, acredito que 8,5 retrata bem o trabalho executado.

***

Leia mais