SEP 1×0 ITU: a arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza

Por Oiti Cipriani

  • PALMEIRAS 1×0  ITUANO
  • Data: 11/03/2023
  • Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza.
  • Árbitro Assistente 1: Alex Ang Ribeiro
  • Árbitro Assistente 2: Mauro André de Freitas.
  • Quarto Árbitro: Thiago Lourenço de Mattos.
  • VAR: Rodrigo Guarizzo Ferreira do Amaral.

Árbitro de 42 anos, formado em 2003, começou a apitar na série A Brasileira em 2010. Este e o 9º jogo que apita na série A1 do Campeonato Paulista 2023, com 40 cartões amarelos e 3 vermelhos até o momento.

Foi escalado para substituir o excelente árbitro Vinícius Gonçalves de Araujo, escalado a princípio e que sofreu uma lesão. O ex árbitro Antônio de Pádua Sales (foi objeto de uma live no www.3vv.com.br, acessado pelo link https://3vv.com.br/novo/3vv-entrevista-o-ex-arbitro-antonio-de-padua-salles/), costuma dizer sempre, que das figuras importantes de um jogo de futebol, o árbitro é o menos importante.

Pois não parece ser o caso desse senhor. Não conheço pessoalmente o Sr. Flávio Rodrigues, mas pelo que vejo na TV ou no campo de jogo parece se achar o mais importante componente do espetáculo, do jogo em si e seus componentes, onde os jogadores são meros figurantes, para que ele desfile toda sua pretensa categoria como árbitro.

Não sei qual o caminho que o levou-o a ser árbitro internacional FIFA. Será que foi pelo caminho retilíneo, pela excelência dos trabalhos executados em jogos aos quais foi escalado ou se foi pelos caminhos tortuosos dos subterrâneos das entidades que comandam o futebol?

Trata-se, na humilde avaliação deste comentarista, de um árbitro fraco, tanto técnica como disciplinarmente. Sua interpretação das regras e do seu espirito é muito confusa! Para o mesmo tipo de ação, ora assinala, ora deixa passar impunemente.

Usa o mesmo diapasão na parte disciplinar: tomemos como exemplo o jogo de Palmeiras x RBB de 2022. Ele expulsou o atacante Deyverson, por reclamação de uma falta sofrida e invertida. Concordo que o jogador extrapolou em suas reclamações, todavia, o que causou espanto, foi o motivo da expulsão relatado na súmula do jogo: “o sr. Árbitro se sentiu constrangido pela reclamação”.

Agora temos nas regras exibição do cartão vermelho por constrangimento? Já havia sido acionada expulsão por “exame de corpo de delito” (Jailson no jogo Palmeiras x Corinthians, foi expulso por ferir o jogador adversário, depois que o árbitro examinou a perna do atacante e foi marcado tiro penal). Então deduzimos que temos regras específicas para o Estado de São Paulo.

Estou fazendo estas considerações anterior ao jogo. Este capítulo do post foi escrito no dia anterior. E oxalá a profissional faça um trabalho irrepreensível, onde eu possa voltar aqui e avaliar seu trabalho como 5 estrelas.

Análise do trabalho do árbitro

O que temíamos ocorreu. Árbitro fraquíssimo, confuso, sem critérios, totalmente perdido em campo. Quis demonstrar tranquilidade, mas a quantidade de erros foi acima do limite tolerável. Depois do jogo deste domingo, para a pergunta colocada na introdução, (caminho retilíneo ou tortuoso?), acredito que a segunda hipótese seja a única viável.

E o pior, mostrou no jogo um ar prepotente, por vezes arrogante. Inverteu faltas aos borbotões, entrou naquela espiral que costumo falar, de se preocupar com as formigas do campo e deixar passar a manada de elefantes. Faltas duras, a favor de ambos os lados, interpretou como contato normal de jogo e punia faltas menores ou inexistente.

Disciplina

Seu controle disciplinar foi tão caótico como a parte técnica. Mostrou um cartão para o jogador Murilo, por impedir a sequência de um ataque promissor, logo aos 5 minutos de jogo, porém, deixou de punir com cartão, no segundo tempo, atacante do Ituano, que com utilização de falta, cometeu a mesma ação.

Mostrou 1 (um) cartão amarelo para o jogador número 3 do Ituano, que pareceu ser uma cotovelada; não foi chamado pelo VAR para revisão do cartão. Além destes dois únicos cartões, expulsou o auxiliar do Palmeiras, por reclamar de uma falta grosseira, cometida sobre Zé Rafael e tanto o auxiliar, como o técnico Abel Ferreira foram punidos com cartoes amarelo e vermelho respectivamente.

Conforme a súmula do jogo assinalou 13 faltas do mandante e 16 do visitante, perfazendo 29 faltas. Segundo uma plataforma de análise de jogos, foram anotadas 14 faltas do mandante e 19 do visitante, perfazendo 33 faltas.

Recuperação de tempo

Seu acréscimo no segundo tempo, de 2 (dois) minutos, foi um acinte de incompetência. O time do interior usou e abusou do retardamento de jogo. Tivemos uma contusão e entrada e maca, com substituição do jogador Tabata, 11, do Palmeiras. O mínimo de acréscimo seria de 5 minutos para o primeiro tempo.

Todavia, compensou este curto acréscimo no segundo tempo, com 7 minutos. O gol do Palmeiras ocorreu aos 13 minutos, e a partir dai o Ituano quis apressar o jogo, tanto que o tempo de bola rolando aumentou muito na parte final.

Fonte: Oiti Cipriani, Osservatorio Arbitrale, 3vv

Tempo de bola rolando

Vamos falar um pouco de bola rolando: na súmula, seguindo a falácia que esta sendo usada nos jogos do Campeonato Paulista, foi anotado 31 minutos no primeiro tempo e 30 no segundo, totalizando 61 minutos. Rigorosamente dentro dos padrões (falaciosos, repito) que a Comissão de Arbitragem quer registrar para mostrar eficiência.

Entretanto eles esquecem que isto pode ser facilmente desmascarado, por qualquer pessoa com um mínimo de experiência para fazer esta aferição. E nós fizemos.

Pelos nossos apontamentos, muito criterioso, com o cronômetro sendo disparado ou pausado conforme a situação da bola estando em jogo ou fora de jogo, constatamos que no primeiro tempo foram 26’47” e no segundo tempo 30”13”, totalizando 57 minutos, A diferença de 4 minutos de bola rolando é uma eternidade.

Assistentes

O assistente número 2 foi mais acionado no jogo. Só me deixou uma dúvida, no primeiro impedimento do Palmeiras, com um minuto de jogo, mas como foi muito próximo a ele e estava bem posicionado, tenho que acreditar em sua marcação. O assistente número 2 foi menos acionado, porém, teve o trabalho insano de cuidar das reclamações do banco do Palmeiras a cada erro do árbitro central.

Ambos tiveram um bom trabalho.

VAR

Teve pouco trabalho. O Ituano reclamou muito de falta ocorrida no gol do Palmeiras e o VAR validou a interpretação do arbitro. Do meu ponto de vista das cadeiras do Allianz Parque, para mim foi uma disputa de bola no alto, e na aterrisagem, o jogador de defesa caiu, sem nada a ser marcado.  

Conclusão

Conforme relatamos acima seu trabalho não correspondeu ao escudo pesado que carrega no peito. Repito uma frase de antigo árbitro da CBF Paulo Arruda, que diz que o “padrinho” consegue carregar o árbitro até a linha lateral. Dentro das quatro linhas depende de seu talento e personalidade. E convenhamos: este árbitro não tem nenhum dos dois predicados. Uma nota 4 reflete bem o péssimo trabalho executado.

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