Arbitragem de Savio Pereira Sampaio Palmeiras 2×1 América MG
Por Oiti Cipriani
- Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (Fifa)
- Assistente 1: Leila Naiara Moreira da Cruz (Fifa)
- Assistente 2: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF)
- Árbitro de vídeo: Wagner Reway (PB)
Normalmente começo as matérias falando da performance do árbitro durante o campeonato brasileiro e em jogos do Palmeiras. Neste caso, vou modificar a estrutura, pois, esta pessoa que arbitrou o jogo em referência não é árbitro. É um profissional que foi investido de uma função e um trabalho para o qual não tem a mínima condição de exercer.
Chegou a receber o escudo de árbitro internacional por influência de seu irmão, que também tecnicamente deixa a desejar, porém muito bem articulado nos subterrâneos da CBF, tanto que foi um dos indicados pelo Brasil para a Copa do Mundo do Catar.
Toda a ajuda que um árbitro recebe para a promoção na sua carreira dura exatamente até as linhas laterais de um campo de jogo. Depois disso cada um depende de sua competência e talento. E nesse momento é que se diferencia quem tem condições e quem não tem a mínima condição de trabalhar em jogos profissionais.
A melhor definição foi dada por um torcedor, sentado atrás de mim, na Arena, que disse: “se este árbitro for apitar um jogo amador na zona Leste de SP, não sai de campo”.
O Jogo
Savio Pereira Sampaio parecia se achar mais importante que o jogo. Corria somente de intermediária a intermediária, nas pontas dos pés, em linha reta, parecendo a Prima Donna da Ópera. Agindo assim, normalmente estava sempre mal posicionado em campo, para analisar e definir um lance.
Quando interrompia um lance, se dirigia para o local, lentamente, conversava com os jogadores, amarrava e picotava (interrupções contínuas) o jogo e o pior, com a desculpa de deixar o jogo fluir, não anotava faltas claras e outras menos intensas eram punidas.
Antecedendo o gol do América, após assinalação de falta, que ocorreu, deixou de marcar uma falta sobre Gustavo Scarpa, mais intensa, e na sequência, marcou a falta que resultou em gol.
Outro exemplo de falta de critério, em uma disputa de bola alta, o jogador do Palmeiras não subiu, o defensor do América foi tocado e foi ao solo, e a falta foi marcada. Posteriormente, em uma jogada idêntica, com um jogador do Palmeiras, nada foi assinalado.
No pênalti assinalado, precisou do auxílio do VAR para definir o local que foi muito claro que estava sobre a linha da área penal, portanto pênalti, mas ele precisou da muleta da tecnologia para ter coragem de definir o lance capital.
Disciplina
Puniu com 4 cartões amarelos o time do Palmeiras e com 2 o time do América, assinalando 11 faltas para ambos as equipes.
Aqui cabe uma análise maior; na marcação do pênalti, foi cercado, contestado, e ouviu e assistiu tudo de forma passiva. Depois da marcação do pênalti, toda e qualquer punição ao time mineiro, era cercado pelos jogadores e aceitava tudo passivamente.
Exemplificando sua inércia, mostrou cartão amarelo para o jogador Zé Rafael, em uma jogada morta, lateralmente, que o adversário mais escorregou que foi tocado.
Posteriormente, Scarpa foi caçado, também na linha lateral, e o jogador adversário jogou a bola em seu rosto, na frente da caricatura de árbitro, que não teve a mínima reação.
Note-se que os dois cartões para os defensores do time mineiro foram pelas reclamações acintosas na marcação do tiro penal.
Recuperação de tempo
Vamos dividir a recuperação de tempo em duas partes. No segundo tempo acresceu 5 minutos, quando tivemos 6 interrupções para substituições e dois atendimentos médicos e retardamento de jogo enquanto este estava empatado no marcador.
Todavia no primeiro tempo foi de uma falta de critério absurda, com os 4 minutos acrescidos, que foi o tempo mínimo para conseguir conter os ânimos da equipe punida.
Tivemos ainda duas entradas de equipe médica para supostas contusões, que merecia no mínimo três minutos a mais; para piorar sua atuação em relação a recuperação de tempo, o jogador Endrick se contundiu e levou mais de uma minuto para a recuperação, que não foi compensado e ainda acabou o jogo em um contra-ataque muito promissor do Palmeiras.
Este é o protótipo do árbitro que já escrevi algumas vezes, que aplica a filosofia de “bola parada” é a meu favor, pois “assim não sou contestado em minhas decisões”.
Assistentes
Assinalaram três impedimentos durante o jogo. O Assistente 2 deixou de colaborar com o árbitro na falta sofrida pelo Scarpa, nas suas barbas (se fosse o Assistente 1 não poderia usar esta expressão), e na sequência foi assinalada a falta que resultou no gol do América.
VAR
Determinou o local correto da falta, transformando-a em tiro penal. No mais não foi consultado.
Conclusão
Concluindo foi uma atuação medíocre, de um árbitro que ostenta um escudo muito pesado e deveria honrá-lo com mais dignidade. Em uma avaliação de 0/10, com muita boa vontade, uma nota 5 reflete o péssimo trabalho exercido.
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