Paulistão’23 SEP 3×1 SFC: arbitragem de Vinícius Gonçalves
Por Oiti Cipriani
- PALMEIRAS 3X1 SANTOS
- Data: 04/02/2023
- Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo.
- Árbitro Assistente 1: Luiz Alberto Andrini Nogueira.
- Árbitro Assistente 2: Daniel Luis Marques.
- Quarto Árbitro: Guilherme Nunes de Santana.
- VAR: Adriano de Assis Miranda.
Árbitro
Árbitro nascido em 23/08/1978, completará 45 anos durante o transcorrer deste ano de 2023. Formado pela FPF – Federação Paulista de Futebol – Escola de Arbitragem Flavio Iazzetti em 2004.
Foi jogador de futebol profissional, da equipe da cidade onde nasceu, em Guaratinguetá, na temporada 2003/2004. Com apelido de Tito, foi jogador esteva na campanha da equipe de sua cidade, na promoção da série A-3 para a série A-2, como titular.
Com sua carreira de atleta profissional encerrada, para se manter em contato com o futebol, enveredou para o caminho da arbitragem. Assim iniciou sua carreira efetivamente na Federação Paulista como árbitro em 2008 e foi considerado uma grande revelação da arbitragem paulista, quando de sua promoção.
Com sua experiência de ex-jogador, conhece o “modus operandi” dos “jogadores “boleiros”, então leva os jogos com mais tranquilidade. Neste Campeonato Paulista, incluindo o jogo desta tarde/noite de sábado, trabalhou em 4 jogos da série A-1, apresentando 15 cartoes amarelos e 1 vermelho.
Análise do trabalho do árbitro
No primeiro tempo apitou com tranquilidade, praticamente só falando com os colegas de campo. Logo no inicio do jogo, utilizando a prática de times inferiorizados tecnicamente, o jogador Mendoza simulou uma agressão, ficou rolando no campo, e em principio ele não deu maior atenção.
Depois como o jogador continuou caído paralisou o jogo, imediatamente chamou a maca e o retirou de campo. E como é praxe das “espertezas”, o ator/jogador chegou à linha de fundo, saltou da maca e pediu o retorno.
Após este episódio o mesmo jogador foi fazer uma reclamação e o árbitro, sem alarde ou espalhafato, o colocou no seu devido lugar. Deixou oo jogo correr, sem cair nas artimanhas das simulações. No segundo gol do Palmeiras, de meu ponto de observação, a bola ultrapassou a linha de gol, em chute do Endrick, e o goleiro tirou de dentro do gol, e na sequencia foi concluído pelo Rony. Com certeza este lance iria para revisão do VAR. Na hora do ocorrido, procurei o Assistente 2 – Daniel Luiz Marques, que estava bem posicionado e deixou o jogo correr.
No segundo tempo, com 2×0 no marcador a favor do Palmeiras, mesmo com chuva, o jogo ficou mais tranquilo para a arbitragem, com o mandante aguardando o time do litoral em seu campo, e assim o árbitro não precisou correr muito. Um detalhe técnico que me chamou atenção foi sua movimentação em campo, fazendo a diagonal do árbitro (onde não se encontram os bandeiras), saindo e se aproximando quando necessário e não aleatoriamente. Portanto não atrapalhou o desenvolvimento das jogadas ficando na linha da bola.
Disciplina
Mostrou 5 cartões durante o jogo, sendo 3 para os jogadores do Palmeiras (Gabriel Menino, Marcos Rocha e Zé Rafael), todos por ação temerária (*) e 2 para o time do Santos.
Foi mostrar o primeiro cartão amarelo para o jogador do Dodi, por retardar o reinício de jogo, quase ao final do primeiro tempo e para o jogador Camacho quase ao final do jogo, por ação temerária (*) também. Único senão na parte disciplinar, aos 33 e 42 minutos do segundo tempo, o jogador Piquerez do Palmeiras sofreu duas entradas forte, que seriam passiveis de cartão amarelo e ignoradas. Assinalou 12 faltas cometidas pelo Palmeiras e 16 pelo Santos.
Recuperação de tempo
Pelo que percebo em jogos, frequentando estádios de futebol profissional, 100% das pessoas, estejam assistindo o jogo no local ou via TV, se irritam com as simulações de contusão de jogadores, mas estas ações nada mais são que reconhecimento de inferioridade física e técnica diante de um adversário mais poderoso (sairá uma matéria sobre o assunto no site www.3vv.com.br/osservatore arbitrale). O interessante que depois que estão inferiorizado no marcador, milagrosamente param de se contundir.
Acresceu 7 minutos no primeiro tempo, devido a atuação do canastrão Mendoza, logo ao inicio do jogo e contusão e substituição do goleiro João Paulo. Se fosse até 10 minutos, estaria correto também.
Acresceu 3 minutos no segundo tempo; ocorreram 5 paradas para substituição. À luz rigorosa das regras, foi pouco tempo mas à luz do bom sendo, foi correto. O jogo estava decidido, campo molhado, a torcida única do Palmeiras gritando OLÉ em cada troca de bola, era o estopim perfeito para uma confusão maior. Então agiu de forma correta.
Assistentes
Foram assinalados dois impedimentos da equipe do Palmeiras. O assistente número 1, entendeu que a bola não entrou no lance do segundo gol acima citado, que com certeza iria para a revisão do VAR, mas como enfatizado, estava bem posicionado. Só o posicionamento não indica que conseguiria enxergar, a 35 metros de distância, se uma bola ultrapassou a linha de gol, principalmente a meia altura e com inúmeros jogadores na frente.
Ambos tiveram um bom trabalho!
VAR
Como o lance da bola ultrapassando a linha do gol e concluída em gol, não foi acionado, exceto nas revisões de praxe dos gols, conforme protocolo.
Conclusão
Conforme relatamos acima, teve seu trabalho bem executado e correspondeu em suas decisões. Uma nota 8,5 reflete bem o trabalho executado.
(*) Ação Temerária é uma infração na qual o jogador ao disputar a bola desconsidera o risco ao empregar uma ação com velocidade e força média contra seu adversário.
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