Arbitragem de Raphael Claus: SPFC 0x2 SEP
Por Oiti Cipriani
SÃO PAULO 0x2 PALMEIRAS
- Data: 11/06/2023
- Campeonato Brasileiro 2023 R10
- Árbitro: Raphael Claus (Fifa-SP)
- Assistente 1: Alex Ang Ribeiro (Fifa-SP)
- Assistente 2: Marcelo Van Gasse (SP)
- Quarto árbitro: Thiago Luis Scarascati (SP)
- VAR: Wagner Reway (VAR Fifa-PB)
- Árbitro
Árbitro de 43 anos (6/9/1979), FIFA desde 2015, atualmente é o melhor árbitro brasileiro, tendo inclusive sido convocado para a Copa do Mundo do Qatar. Até o momento apitou oito jogos do Brasileiro série A e quatro jogos da Copa do Brasil, cinco na Copa Libertadores, um jogo na Sul Americana e 13 no Campeonato Paulista, totalizando 31 jogos no ano.
Apresentou 149 cartões amarelos, dois vermelhos por segundo amarelo e cinco vermelhos diretos. Nestes números de cartões, estão inclusas as punições do jogo desta tarde/noite.
Análise do trabalho do árbitro
Nesta rodada, a Comissão de arbitragem optou por escalar árbitros jovens, com o objetivo de dar rodagem para eles e sair das mesmices de sempre com escalas dos 10 árbitros FIFA, que, convenhamos, estavam com a margem de erros muito alta.
Este critério não foi seguido para o jogo do Morumbi, com acerto, visto ser um jogo de muita rivalidade no Estado e sujeito a ocorrer pressão indevida sobre um árbitro novo, sem muito respeito dos jogadores, detalhe que o Claus tem de sobra.
O mesmo critério foi utilizado para a escala dos assistentes. Ambos pertencem ou pertenceram ao quadro FIFA, inclusive com o Assistente 2 indo à Copa do Mundo da Rússia.
No jogo propriamente, logo aos 2 minutos, assinalou um tiro penal contra o Palmeiras. Foi alertado pelo VAR e revisou o lance no monitor e anulou a marcação do penal. Foi correta a decisão, visto o defensor ter, antes, tocado a bola com a cabeça e na sequência tocado em seu braço. Mais detalhes, vejam matéria no https://3vv.com.br/novo/mao-na-bola-ou-bola-na-mao/ .
Sempre aponto em arbitragens nacionais (às vezes até internacionais) falta de critério nas decisões dos árbitros. Neste jogo o mesmo critério foi seguido do início ao fim.
Um detalhe que chama atenção neste árbitro, é sua colocação e movimentação em campo. Raramente vemos ele dar um pique tresloucado para ficar próximo do lance. Se movimenta dando até impressão de estar com preguiça de correr, mas pelo seu biotipo físico, não tem velocidade, o que compensa plenamente com o posicionamento, sempre próximo e com boa visão do transcorrer da jogada.
Houve duas reclamações de faltas, uma para cada lado. Um pênalti cometido pelo Palmeiras (Zé Rafael) e uma falta próxima a linha da área sobre Raphael Veiga. Na minha visão e entendimento, não procedeu nenhuma das reclamações. No penal, o atacante chutou o pé do defensor e na falta, choque normal de jogo. Tempo de posse de bola de 66% para o São Paulo e 34% para o Palmeiras
Disciplina
Mostrou sete cartões durante o jogo, dois para o Palmeiras, para Arthur e Abel Ferreira e cinco para o SPFC: dois para Pablo Maia e consequente vermelho, David e Rodriguinho, além do auxiliar da Comissão Técnica.
Faltou um cartão para o jogador Luciano, que reclamou até do minuto de silêncio, e ainda tentou iniciar um entrevero com jogador do Palmeiras e não obteve êxito. Todavia, merecia um cartão amarelo, pelo conjunto da obra.
Administrou muito bem o início de confusão entre Arthur e David. Assinalou no total 32 faltas, com 15 do São Paulo e 17 do Palmeiras.
Cabe aqui uma observação sobre o cartão de Abel Ferreira. Não cabe a ele se indispor com jogador adversário, principalmente querendo arbitrar o jogo, como foi neste caso, se indispondo com Calleri pelo suposto braço em Luan (ocorreu).
O árbitro assinalou a falta e não cabia punição disciplinar, visto o lance ser totalmente ocasional, e deveria acabar ali e não ficar ruminando e na primeira oportunidade se indispor com o atleta.
A dúvida que fica em outra reclamação do treinador: se ele achou que no lance com Mayke, onde claramente houve o empurrão do atacante nas costas do defensor, e ele entendeu como utilização do braço. De qualquer forma também não justifica a sua ação intempestiva.
Recuperação de tempo
Acresceu seis minutos em cada tempo, com boa recuperação em função das paradas de jogo. No primeiro tempo tivemos a checagem do VAR e entrada de equipe médica. No segundo tempo, nova entrada de equipe médica para atendimentos, além das substituições.
Assistentes
Os assistentes assinalaram somente dois impedimentos do Palmeiras e se limitaram a apontar bola fora de jogo.
Ambos tiveram um bom trabalho.
VAR
O VAR foi preciso em chamar o árbitro para revisar o tiro penal. Um erro no início do jogo, poderia colocar o trabalho inteiro em risco.
Conclusão
Conforme relatamos acima, fez um ótimo trabalho, correspondeu em suas decisões. Árbitro muito experiente. Uma nota 9 reflete bem o trabalho executado.
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Comments (5)
Quando a imprensa e a Justiça Esportiva se calam – 3VV
[…] de junho de 2023 NotíciasOsservatorio […]
luiz sergio neto
Nossa, que nota é essa? O david do são paulo pega o arthur pelo pescoço, joga no chão e o juiz não expulsa? a impren$inha Gambambi passar pano pro juiz eu entendo mas até aqui tem isso? Fora que se esse juiz tivesse dado mais cartões amarelos no primeiro tempo para os truculentos jogadores das trikas, muita gente teria sido expulsa no segundo tempo mas o juiz ficou só na conversa em diversos lances deles.
Diogo Belotto
A arbitragem no geral foi boa, coisa rara em jogos do Palmeiras.
Mas aquele lance com o Artur não deveria passar batido, é muita passassão de pano. Se fosse um jogador de verde fazendo isso (ou se fosse o Felipe Melo lá no fror) a história seria outra, com toda certeza. Diria até que dariam uns 5+ jogos de gancho na audiência disciplinar.
Pinho – Bauru, SP
Grande Oiti! Foram 3 cartões amarelos ao Palmeiras…. o João Martins (auxiliar do Abel) também levou o seu.
No lance onde houve reclamação de pênalti, onde o Zé Rafael é que foi chutado… logo na sequência, achei que a falta que ele recebeu do Calleri seria para cartão amarelo….
No entrevero entre o Artur e o David… este, por ter agarrado o pescoço do nosso Artur acho que tb merecia uma punição mais severa.
Achei 9 muito exagerado… rsrsrsrs.
Porco Nervoso
O sujeito que agarrou o Arthur pelo pescoço e o jogou no chão sem justificativa merecia ser expulso.
O lance do “penalty” no começo do jogo deveria ter esperado o VAR chamar se fosse o caso. Desgaste desnecessário gerando polêmica onde não deveria.