
Arbitragem de Ramon Abatti Abel no empate SEP 0x0 BOT
Crédito: Cesar Greco/Palmeiras/Canon
Por Oiti Cipriani
Palmeiras 0x0 Botafogo
Data: 27/03/2025
Local: Allianz Parque
Campeonato Brasileiro 2025 – R01
Arbitragem
- Ramon Abatti Abel (SC)
- Árbitro assistente 1: Guilherme Dias Camilo (MG)
- Árbitro assistente 2: Thiaggo Americano Labes (SC)
- Quarto árbitro: Lucas Paulo Torezin (PR)
- VAR: Wagner Reway (ES)

Árbitro
Arbitro de 35 anos, catarinense, FIFA desde 2023. Arbitro que coleciona polêmicas. Foi promovido ao quadro da FIFA muito rápidamente.
Análise técnica
Lances polêmicos
O jogo foi tão fraco tecnicamente que não houve lances capitais polêmicos, mas isto não indica uma boa arbitragem.
Trabalho de campo
Mesmo sendo FIFA, apitado olimpíadas, não significa que é um bom árbitro. No jogo desta tarde no Allianz Parque deixou de marcar inúmeras faltas, sob a desculpa esfarrapada de deixar o jogo correr. Foi confuso em suas punições, invertendo faltas.
Sua sinalização então era de deixar com inveja atores mambembes de circo de mímica. Parecia até que estava falando em libras. Confusas, marcava para um lado e depois mudava a sinalização para outro lado.
Conforme temíamos, pela amostra do jogo de hoje, a nova regra de oito segundos foi relegada à fossa do jeitinho brasileiro, ou, como digo, foi usado de “bom senso”, típico da atual arbitragem brasileira. O goleiro do Botafogo segurava a bola, e o árbitro retardava o início de contagem de tempo.
Por duas vezes parou o jogo, por “perigo de gol” para não iniciar a contagem de reposição de bola. Como dizia o inesquecível Silvio Luiz: “pelo cheiro da brilhantina, a marmita já azedou”, na condução desta regra.
Outro tema: simulações! O time do Botafogo veio aqui para empatar ou conseguir um gol em um contra-ataque (e quase conseguiu, por diversas vezes). No restante era simulação de contusão, aos borbotões, iniciando aos dois minutos de jogo com o goleiro John. A regra manda punir simulação (lembrem do segundo amarelo de Yuri Alberto). Neste jogo, em várias situações de simulação o árbitro, como um crédulo de um convento capuchinho, acreditava em tudo. Ao ponto de no segundo tempo, jogador do Botafogo caído, ficou prostrado no campo, o árbitro foi ao local, chamou o departamento médico, e ficou na resenha com Weverton. Depois de no mínimo 2 minutos, foi perguntar se queria maca, que foi chamada. Nesta pantomina, foram consumidos, no mínimo cinco minutos. O jogador saiu de maca, chegando à linha lateral, pulou da maca e foi autorizado a retornar ao campo de jogo. Pura simulação, e nada de punição.
Outro detalhe, o goleiro carioca demorava para repor a bola em jogo em tiro de meta, e o que fazia o cidadão travestido de árbitro? Virava as costas e ia caminhando para o meio de campo, despreocupadamente, como se estivesse na aprazível Praça Hercilio Luz, de Araranguá (SC).
Foi uma arbitragem típica da filosofia brasileira de “bola parada é a favor do arbitro”.
Por justiça e a bem da verdade, o árbitro não teve influência no resultado, mas … o árbitro não precisa marcar pênalti ou invalidar gol para tanto. Basta apenas picotar o jogo como foi feito nesta tarde de domingo, e fazer questão de corrigir dois metros para reposição de bola. E os jogadores posteriormente colocavam a bola onde estava antes. Além de tudo isso, fazia resenha com os participantes. Enfim, amarrou o jogo!
AVALIAÇÃO: 4,0
Disciplina
Foram assinaladas 40 faltas, 18 contra o Palmeiras e 22 contra o Botafogo.
Mostrou seis cartões durante o jogo, três para jogadores do Palmeiras, e três para os do Botafogo. Mostrou falta de critério da punição disciplinar. Puniu o jogador Murilo, aos 43 minutos de jogo, conforme sua sinalização, por repetição de faltas.
Mas como? Ele cometeu apenas duas faltas durante todo o jogo, enquanto permaneceu em campo.
Raphael Veiga recebeu uma falta muito forte, e o mediador somente fez média. O zagueiro Barbosa recebeu punição aos 50 minutos de jogo, depois de distribuir chutes à vontade até aquele momento.
AVALIAÇÃO: 4,5
Controle de tempo
Acresceu dois minutos no primeiro tempo. No segundo tempo foram acrescidos cinco minutos. Foi um acinte o tempo de acréscimo em ambos os tempos. Considerando a falta de aplicação do Botafogo em fazer o jogo correr, desde seu início, foi um tempo extremamente econômico de acréscimo.
Tempo de Bola Rolando: 55’07” para 97’48” de tempo total.
AVALIAÇÃO: 3,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho normal e “carimbavam” todas as faltas assinaladas pelo árbitro em seu campo de ação. Carimbar é marcar após o juiz assinalar com o apito e o assistente balançar a bandeira assinalando também
VAR
Não foi chamado a intervir.
Conclusão
Conforme relatamos acima, foi uma arbitragem medíocre para um arbitro FIFA. Parecia que ele estava se achando mais importante que o jogo.
MÉDIA FINAL: 4,0
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