
Arbitragem de Ramon Abatti Abel (e do VAR) em SEP 0x2 FLA
Crédito da imagem: Cesar Greco / Palmeiras / Canon
Por Oiti Cipriani
Palmeiras 0x2 Flamengo
Data: 25/05/2025
Local: Allianz Parque
Campeonato Brasileiro 2025 R10
- Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
- Árbitro Assistente 1: Guilherme Dias Camilo (MG)
- Árbitro Assistente 2: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE)
- Quarto Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos(BA)
- Árbitro de Vídeo: Wagner Reway (SC)

Árbitro
Árbitro de 35 anos (18/09/1989), nascido em Araranguá – SC, apitou o primeiro jogo no Brasileiro em 2020 e em 2023 foi promovido ao quadro internacional FIFA.
Neste ano, no Brasileiro, apitou oito jogos, mostrando 38 cartões amarelos, cinco cartões vermelhos e assinalou três penalidades máximas.
Ele é considerado um dos melhores árbitros, entre os internacionais, brasileiros.
Análise técnica
Lances polêmicos
1. Pênalti contra o Flamengo. Pelas imagens de vídeo no estádio, uma câmera aparentou estar fora da área e outra câmera aproximadamente 50 cm dentro. Entretanto o árbitro estava próximo da jogada e assinalou com convicção o tiro livre direto.
2. Pênalti contra o Palmeiras. Neste lance também o arbitro estava próximo da jogada e inclusive sinalizou para Arrascaeta se levantar que não havia ocorrido nada.
Em ambas as situações o VAR chamou para revisar. Conforme protocolo e admissão do VAR no futebol, este recurso só deveria ser acionado em casos de erros crassos. Qual os erros crassos para o VAR intervir em ambos os lances?
Como diz um ex árbitro comentarista de arbitragem, em câmera lenta até beijo da avó no neto pode ser encarada como agressão. Mas podem alegar que o VAR interveio por ser um empurrão com intensidade.
Houve um lance de Alex Sandro em Vitor Roque muito semelhante, com mais força, dentro de área e o árbitro mandou seguir e o VAR não chamou para a correção. Podemos deduzir portanto que o árbitro de VAR estava olhando as cores dos times em campo.
A pergunta que faço é: quando os comentaristas de arbitragem na TV falam que tal entrada foi com ou sem intensidade, qual o aparelho que vocês usaram para medir a intensidade? Como o VAR pode fazer esta aferição por uma tela de vídeo? Resumindo o VAR é useiro e vezeiro nestas situações de querer apitar o jogo da cabine, através de um monitor de TV, e neste jogo não foi diferente. Wagner Reway, que comandou o VAR neste domingo, já era péssimo como arbitro de campo, e continua o mesmo como árbitro de vídeo.
Nem assim desmama desta úbere chamada arbitragem da CBF, e não aparece ninguém com força ou coragem para desmamá-lo.
Trabalho de campo
Não podemos afirmar que o árbitro de campo teve interferência no resultado, mas o (i) responsável pelo VAR sim. Mas, vamos contextualizar seu trabalho.
A CBF poderia promover um curso de interpretação de texto para os árbitros, lendo livros fora do futebol e depois dizer o que entenderam do que leram. Posteriormente, dar um livro de regras para cada um e mandar escrever sobre o que entenderam, pois cada um aplica as regras a seu bel prazer.
O que vale em um jogo não vale para outro; uma situação tem uma interpretação em determinado momento e no momento seguinte tem outra interpretação! E no jogo deste domingo não foi diferente. Para cada situação era uma marcação diferente. Amarrou o jogo quando deveria deixar seguir, liberou quando era para interromper.
Fez questão de filigranas, inventando reposição com bola rolando, quando não ocorreu. Um metro a mais ou a menos em cobrança de laterais. Para um árbitro considerado um dos melhores do Brasil, foi uma arbitragem medíocre (se ele é considerado o melhor, imaginem o pior da prateleira FIFA).
AVALIAÇÃO: 6,0
Disciplina
Foram assinaladas 31 faltas, 13 contra o Palmeiras e 18 contra o Flamengo.
Mostrou seis cartões durante o jogo, quatro para jogadores do Palmeiras e dois para jogadoresdo Flamengo.
Mostrou cartão amarelo para o goleiro Rossi, por reclamação no pênalti e depois não teve coragem de apresentar o segundo amarelo por retardar a reposição de bola. O goleiro parecia um pombo voando na cabeça dele, árbitro, com sua mira a laser (by Mamonas Assassinas) e deixou o atleta Luiz Araújo armar o maior barraco no jogo e não tomou a mínima providência colocando-o no devido lugar de atleta componente da partida.
AVALIAÇÃO: 6,0
Controle de tempo
Acresceu seis minutos no primeiro tempo.
No segundo tempo foram acrescidos oito minutos e deixou o jogo correr até nove minutos de acréscimo.
Ambos os tempos acrescido foram muito econômicos pelo tempo perdido de VAR e retirada/atendimento de jogadores lesionados.
- Tempo total de jogo: 105’15”
- Tempo de Bola Rolando: 53’01”
AVALIAÇÃO: 6,0
Assistentes
Ambos tiveram um trabalho normal, assinalando três impedimentos e marcando faltas ocorridas longe das vistas do árbitro.
Árbitro VAR
Tudo que precisávamos falar do trabalho deste “profissional” falamos mais acima, portanto, nada a acrescentar (e nem retirar).
Conclusão
Conforme relatamos acima, foi uma arbitragem dentro dos padrões brasileiros, onde os árbitros querem ser mais protagonistas que os jogadores e o próprio jogo.
MÉDIA FINAL: 6,0
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