Arbitragem na R08: introdução ao poder dos árbitros
Por Claudio Baptista Jr.*
Nosso jogo contou com a arbitragem de Djalma Jose Beltrami Teixeira (Fifa-RJ)
mais os assistentes Wagner de Almeida Santos e Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (ambos do RJ).
Rio de Janeiro, Flamengo … deixa prá lá, ao menos por enquanto.
Foi um jogo cheio de lances para se “arbitrar” e quando o jogo é assim, a confusão é certa. Alguns lances merecem destaque.
- Elder Granja cai na em função de suposta cabeçada.
Vendo e revendo o lance não notei a agressão do jogador do Náutico. O
Elder procura o contato e cai para trás. A pressão do banco de reservas
e do Luxemburgo é normal – o lance aconteceu na frente do banco.
- Alex Mineiro sofre uma gravata dentro da área. A imagem é clara: pênalti; e o árbitro não assinalou. O auxiliar, de frente para o lance, também preferiu se omitir e não “auxiliar” o árbitro.
- No final do 1° tempo Elder Granja avança pela direita, invade a área e cai.
Na minha opinião, pênalti. E desta vez o árbitro assinalou. Tem muita
gente falando que nosso jogador se jogou, mas minha opinião é
contrária. Para uma pessoa em velocidade cair não é necessário um empurrão escandaloso, basta uma carga com as mãos e uma pressão com o corpo. Movimento de falta realizado dentro da área, quem faria todos os esforços para ficar em pé?
No 2°t tivemos dois lances.
- No primeiro o Valdívia recebe uma cotovelada, reclama e recebe cartão amarelo. O agressor não é punido nem com cartão amarelo. Como o jogador do Náutico e o Valdívia possuem estaturas semelhantes, nada justifica uma proteção com o braço sendo levado ao rosto do adversário.
Tudo bem, o jogador do Náutico poderia estar com uma posição mais
baixa, com os joelhos mais flexionados e ao colocar os braços para trás
com intenção de proteger a bola não caracterizaria uma agressão
voluntária. Neste caso, então só queremos tratamento igual (lembram-se
do ocorrido com o Leo Lima contra a Portuguesa?), ou seja, que o STJD
através do seu procurador Sr. Paulo Schmitt solicite as imagens para
análise e como conseqüência a análise para uma possível punição.
- Já
em outro lance tivemos a jogada da expulsão do jogador do Náutico,
Alceu (sim, ele mesmo) mais a expulsão do nosso jogador Kleber. O
jogador do Náutico foi expulso de forma justa, inquestionável. Já o
nosso jogador foi vítima da imagem que criaram ao seu respeito.
Reclamou de um cartão amarelo mal aplicado (o árbitro estava na pele do
jogador para saber se estava ou não sentindo dor?) e recebeu o segundo
cartão. Aos árbitros, os poderosos da partida, não se pode dirigir a palavra, e se tiver má fama, pior ainda.
Neste
dois lances apesar das arbitragens incorretas no que se refere às
punições aos nossos jogadores vale um alerta, principalmente aos mais
polêmicos. Dancem conforme a música!
Se o árbitro é o Senhor da
partida, fiquem quietos, deixem que a assessoria de imprensa e a
diretoria evidenciem os erros cometidos contra nós. Kleber, se já não
bastasse a experiência do Campeonato Paulista, agora, em 8 rodadas você já acumula 2 expulsões e 3 cartões amarelos. Já dava para ter aprendido como a banda toca por aqui.
Tivemos 38 faltas na partida. Número ainda excessivo apesar de estar na média do futebol brasileiro.
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Outras partidas:
Portuguesa e Santos
Dizem
que houve um gol mal anulado do Washington da Portuguesa, mas as
imagens mostram claramente que no momento em que a bola foi lançada na
área para o cabeceio que colocou o centroavante da Portuguesa de cara
para o gol, haviam três jogadores em posição de impedimento. Ainda disseram que houve um pênalti para a Portuguesa que não posso opinar, pois não vi o lance.
Cruzeiro x SPFW
O
jogador Aloísio subiu para cabecear uma bola, dividindo com o goleiro
do Cruzeiro e conforme hábito, foi com os braços altos em clara jogada
imprudente. Como esse jogador não carrega o rótulo imposto ao Kleber,
tudo bem, para a imprensa, para o árbitro e certamente para o
procurador do STJD, o Sr. Paulo Schmitt, foi uma ocorrência normal de
jogo.
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Após a partida deste domingo, nosso técnico reclamou muito do “poder” dos árbitros.
Pois então, meus amigos. Interpretações, rótulos impostos, tudo isso contribui para que o “poder” dos árbitros seja exercido. Nas próximas semanas abordaremos esse tema.
Saudações…
*Claudio Baptista escreve interinamente
(substitui Danilo Cersosimo) às 4as feiras neste blog
analisando a arbitragem do jogo do Palmeiras e outras
besteiras que os juízes fizeram na rodada anterior